Zona Franca bate recordes de produção

Estudo do Cieam aponta os produtos mais fabricados

O aparelho de ar-condicionado é o grande destaque

A Zona Franca de Manaus (ZFM), segundo maior produtor de aparelhos de ar-condicionado do mundo, iniciou 2024 a todo vapor. Estudo do Centro das Indústrias do Amazonas (Cieam) ostra que o grande destaque deste início de ano da Zona Franca de Manaus (ZFM) é a produção de aparelhos de ar-condicionado, cujo crescimento chegou a 1.474%, em janeiro, em comparação a janeiro de 2023.

No mesmo período, a produção de unidades condensadoras para aparelhos de ar-condicionado do tipo Split subiu 1.320%. A ZFM tem capacidade de produzir 5 milhões de aparelhos por ano.

O bom desempenho é alavancado pelas previsões meteorológicas de aumento de temperaturas, atribuído ao fenômeno climático El Niño. Um bom exemplo é a atual onda de calor espalhada pela maior parte do Paraná e do Rio de Janeiro, São Paulo, Mato Grosso do Sul, sul de Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso – e que, segundo os meteorologistas, ainda deve se manter pelos próximos 10 dias.

Esses números promissores da indústria de aparelhos de ar-condicionado fazem parte do PEA (Painel Econômico do Amazonas), levantamento realizado pelo CIEAM.

Microcomputadores

No setor de Informática, os microcomputadores portáteis também tiveram um crescimento de 327%. Esse dado confirma o bom momento do setor de Bens de Informática, indicando alta da indústria de 13% em janeiro em relação a dezembro e 5% em comparação com igual mês de 2023.

O segmento de Bens de Informática liderou o crescimento da Indústria de Transformação do Polo Industrial de Manaus (PIM) em fevereiro, atingindo uma elevação de 32,2% sobre janeiro, seguido pelo setor de Produtos Químicos (+ 31,2%).

“Os últimos meses de 2023 foram severamente prejudicados pela Grande Seca, mas a retomada neste início de 2024 está compensando com sobras o prejuízo de 2023”, comenta Luiz Augusto Rocha, presidente do CIEAM.

Empregos

Produção em alta, empregos, idem. Em fevereiro, segundo dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego, o Amazonas somou 521.153 postos formais, alta de 4,8%, comparado a igual mês de 2023. Destacada, a Indústria da Transformação, com 119.100 empregos, registrou incremento de 4,52%.

IBCR-AM

No geral, a economia do Amazonas segue em curva ascendente, com crescimento de 10,7% em fevereiro, no comparativo anual, segundo o IBCR-AM (Índice de Atividade Econômica Regional do Amazonas), divulgado pelo Banco Central. O crescimento da economia amazonense só não foi maior em fevereiro, ante janeiro, por causa do desempenho negativo da Indústria Extrativista, com queda de 9,7%; Comércio, 5,4%; e Serviços, 2,5%.

Faturamento do PIM

No quesito faturamento, a economia amazonense também começou 2024 em alta. Os indicadores são da Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus). Em janeiro de 2024, o faturamento total do PIM foi de R$ 15,3 bilhões, volume 13% superior a igual mês de 2023. Comparado a dezembro, o crescimento é ainda maior: 24%.

Individualizando os três principais setores, todos iniciaram 2024 em alta.

Setor de Informática: R$ 3,4 bilhões, 5% superior no comparativo anual e 13%, no mensal;
Setor de Duas Rodas: R$ 2,8 bilhões, 23% superior no comparativo anual e 20%, no mensal;
Setor Eletrônico: R$ 2,6 bilhões, 7% superior no comparativo anual e 21%, no mensal.

“A continuar o ritmo ascendente, as projeções do CIEAM para o faturamento do PIM em 2024, em torno de R$ 188 bilhões – crescimento de 8,9% sobre 2023 –, tendem a se concretizar, e até se superar”, acrescenta o presidente do CIEAM.

Sobre o PEA

O Painel Econômico do Amazonas é uma análise da conjuntura econômica do Amazonas elaborada mensalmente pelo CIEAM com base em informações públicas de instituições como IBGE, Suframa, ComexStat e Abraciclo, além de utilizar dados oficiais do Ministério do Trabalho e Emprego. O principal dado disponível para análise é o IBCR-AM, número-índice publicado mensalmente pelo Banco Central como versão regionalizada do IBC-Br, a estimativa mensal do PIB brasileiro. O Banco Central compõe o IBCR-AM pelos resultados das pesquisas mensais efetuadas pelo IBGE, incluindo os principais setores da economia: Indústria, Comércio, Serviços e Agropecuária.


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