Serafim apela para a Marinha do Brasil para proteger embarcações dos piratas de rio

Embarcação de transporte de combustível foi atacada na noite de segunda-feira, no rio Madeira

Deputado aponta “intercâmbio” entre garimpo, tráfico de drogas e pirataria

O deputado estadual Serafim Corrêa (PSB) fez um apelo na manhã desta quarta-feira (13), na tribuna da Assembleia Legislativa, para que a Marinha do Brasil se mobilize, em parceria com os governos estadual e municipal, para combater os crimes de pirataria nos rios do Amazonas. A fala do deputado aconteceu após a divulgação de um novo ataque a uma barca de combustíveis, acontecido na noite de segunda-feira (11), próximo a Humaitá, no rio Madeira, quando houve inclusive troca de tiros entre os assaltantes e a guarda armada da embarcação.
“Quero alertar que as empresas de Navegação Fluvial do Amazonas já tiveram um prejuízo de R$ 40 milhões em assaltos a balsas nos rios do Estado nos últimos dois anos. E essas empresas estão, agora, ameaçando parar o transporte de combustível. Isso vai parar Rondônia, vai parar os altos dos rios. Vamos ter uma crise muito séria e muito grave. Então, nessa direção, apelo para a Marinha do Brasil, que tem base em Manaus, para que ela se articule junto com as autoridades estaduais e municipais, no sentido de combater a pirataria e proteger os empresários e trabalhadores brasileiros que navegam pelos nossos rios”, apelou Serafim.

Contrabando e tráfico

O líder do PSB disse ainda que a ação dos piratas está diretamente ligada ao contrabando de peixe, ao tráfico de drogas e ao tráfico de armas. “É uma questão de segurança nacional a reclamar a participação do Estado brasileiro como um todo, não apenas o prefeito daquele município da área que está ocorrendo a pirataria. Não apenas o Governo do Estado do Amazonas, que tem a Polícia Militar e a Polícia Civil, mas que com esse baixo efetivo não consegue dar respostas, mas a presença das Forças Armadas, que são muito mais equipadas que a nossa Polícia Militar”, destacou o parlamentar.
O deputado reafirmou que o retorno dos garimpeiros aos rios do Amazonas, em especial ao Rio Madeira, é também alimentado pelos piratas. “Existem dragas que variam de R$ 1 milhão a R$ 8 milhões e é grande a quantidade de extração de ouro dos nossos rios. Eles precisam ter diesel e de quem eles compram diesel? Eles compram diesel desses piratas. Então é o crime organizado tomando conta dos rios e não há outro meio de combater os piratas a não ser com a presença da força especializada que é a Marinha do Brasil”, concluiu.


Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *