PF prende nove, entre eles Nejmi e familiares de Omar Aziz

Nejmi Aziz foi presa temporariamente pela PF. Os irmãos do senador e ex-governador do Amazonas, Omar Aziz, Amin, Mansour e Murad Aziz também foram presos. A lista inclui, ainda, o coronel da Polícia Militar Josenário Barracho Figueiredo (ex-chefe do gabinete de Omar) e os policiais militares Ricardo Campos e Paulo José Gomes da Silva.

No total foram cumpridos nove mandados de prisão temporária, sendo oito em Manaus e um em Brasília. Os nomes não foram divulgados para não atrapalhar as investigações. Mas o agente publico alvo da operação é o senador Omar Aziz – está proibido de deixar o País e de se comunicar com os envolvidos

Foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão, 18 mandados de bloqueios de contas de pessoas físicas e jurídicas (aproximadamente 92,5 milhões de reais), 07 mandados de sequestro de bens móveis e imóveis, expedidos pela Justiça Federal, que, após parecer do Ministério Público Federal, deferiu representação do Delegado de Polícia Federal que preside a investigação.

Na entrevista coletiva, integrantes da força-tarefa que inclui Ministério Público, Polícia Federal e Receita Federal, confirmaram que o agente público – no caso Omar Aziz – está proibido de deixar o País e de se comunicar com os envolvidos nas investigações.

A investigação foi desmembrada pelo Supremo Tribunal Federal – STF, da OPERAÇÃO MAUS CAMINHOS, em razão dos indícios detectados de recebimentos de vantagens indevidas por um ex-governador, que por exercer o cargo de senador, poderia ter direito a foro por privilegiado no STF.

Em razão do entendimento do Supremo Tribunal de que foro por prerrogativa de função conferido aos deputados federais e senadores se aplica apenas a crimes cometidos no exercício do cargo e em razão das funções a ele relacionadas, o Ministro Dias Toffoli determinou a remessa da investigação ao juízo de 1ª instância, sendo que em janeiro de 2019 a investigação foi retomada.

Entre as vantagens indevidas de que se tem suspeita, teria havido entregas de dinheiro em espécie ou por meio em negócios simulados ou superfaturados, a fim de ocultar a entrega de dinheiro dissimulado por meio de contratos de aluguel e de compra e venda.

A investigação está diretamente relacionada com as outras fases da OPERAÇÃO MAUS CAMINHOS, sendo elas a OPERAÇÃO CUSTO POLÍTICO, OPERAÇÃO ESTADO DE EMERGÊNCIA e OPERAÇÃO CASHBACK.

Na OPERAÇÃO CUSTO POLÍTICO se apurou a prática de crimes de corrupção ativa, corrupção passiva, lavagem de capitais e pertinência a organização criminosa, praticados por cinco ex-secretários de estado, bem como diversos servidores públicos e o núcleo da organização criminosa desbaratada na primeira fase da operação, enquanto na OPERAÇÃO ESTADO DE EMERGÊNCIA, completava o núcleo político do Poder Executivo estadual, tendo alcançado um outro ex-governador, que chegou a ser preso.


Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *