Dragagem dos rios começa no segundo semestre

Serviços são medida de enfrentamento à estiagem

Governador Wilson Lima articula apoio federal desde março

A crise climática, que tem como capítulo mais recente a enchente no Rio Grande do Sul, infelizmente está longe de acabar. No Amazonas, a preocupação é com a estiagem, já que dados de institutos e especialistas dão conta de que o fenômeno será tão grave quanto no ano passado.

Antecipando-se ao problema, o Governo do Amazonas tem se articulado com o Governo Federal para iniciar o serviço de dragagem dos rios no segundo semestre deste ano.

A informação foi confirmada pelo titular da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti), Serafim Corrêa, durante reunião com o governador do Amazonas, Wilson Lima.

De acordo com Corrêa, a indústria está otimista com o início das obras em agosto deste ano, pois a dragagem dos rios busca prevenir prejuízos à navegação de grande porte e é importante para o escoamento de cargas e produtos da Zona Franca de Manaus, antecipando-se a uma possível estiagem severa neste ano.

“Todos nós estamos preocupados, mas estamos agindo preventivamente. O Governo Federal caminha para iniciar a dragagem. Gostaríamos que começasse em junho. O Governo disse que só seria possível começar em setembro, mas o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) sinalizou que pode iniciar em agosto”, pontuou Serafim.

Ele destacou que, após a realização da batimetria (medição da profundidade dos rios), foi sugerido a dragagem de 2 quilômetros na Enseada do Madeira e 1 quilômetro na Costa do Tabocal.

A dragagem de um rio consiste em remover sedimentos e resíduos decantados no fundo, que reduzem sua profundidade e prejudicam a navegabilidade. Ao dragar um rio ou outro corpo d’água, a profundidade é ampliada, facilitando o trânsito de embarcações.

O titular da Sedecti também mencionou a instalação de um píer provisório, antes da Enseada do Madeira, para a atracação de navios, eliminando a necessidade de retorno do navio. Esse projeto está sendo planejado pelo Grupo Chibatão.

“Caso haja algum problema, será feito um transbordo da redução de carga com a passagem dela para balsas que a trarão para Manaus. Isso é muito melhor que retornar o navio para a Vila do Conde. Medidas preventivas estão sendo tomadas. A estiagem vem, mas estamos prontas para enfrentá-la”, declarou Serafim.

Desde março deste ano, o governador Wilson Lima, tem se reunido com o Governo Federal, a exemplo dos ministérios de Portos e Aeroportos, de Integração e Desenvolvimento Regional e de Meio Ambiente e Mudança do Clima, solicitando apoio na antecipação de ações que minimizem os impactos da estiagem no Amazonas.


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