Wilson Lima diz que gastos com comissionados não o preocupa

O governador Wilson Lima (PSC) afirmou na manhã desta quinta-feira (18), que está mais preocupado com a crise financeira que o governo do Estado enfrenta por causa do aumento da folha de pagamento em 2019, do que com os gastos dos funcionários que ocupam as funções de cargos comissionados.
Wilson Lima disse que se o governo demitisse 20% dos servidores que ocupam os cargos comissionados os impactos nas despesas do governo seriam insignificantes.
“Sabe quanto representa 20% dos cargos comissionados do Estado do Amazonas se eu cortar hoje? Representa 0,005%. Ou seja, é praticamente irrelevante diante do problema que eu tenho. O que nós estamos fazendo é tomando outras medidas administrativas para que haja um corte maior”, enfatizou.
O governador do Amazonas negou a criação de novos cargos comissionados em 2019 e, mesmo sem contratar ninguém, a folha de pagamento do Estado cresceu R$ 600 milhões. Wilson alega que o aumento na folha de pagamento, aconteceu por causa de reajustes salarias concedidos pelo ex-governador Amazonino Mendes (PDT).
“Foi resultados de acordos que foram feitos ano passado, quando o Estado não tinha capacidade de fazer esse comprometimento”, lamentou.
Wilson disse que as medidas de austeridade serão a solução para reduzir os gastos do Estado e afirmou que o decreto já na sua administração, que determinou a suspensão de novos contratos, aditivos e horas extras, gerou a economia de R$ 50 milhões no primeiro mês. Segundo o governador, entre as medidas adotadas para reduzir gastos estão a redução de combustível e que no seu governo os secretários vão da casa deles para as secretárias com os seus próprios carros.
Lei de Responsabilidade Fiscal
Wilson Lima descartou a possibilidade de aumentar impostos para elevar a arrecadação. Sobre a lei que estabeleceu o teto de gastos e suspendeu até 2021, os salários e datas base dos servidores, o governador disse que foi uma medida necessária para o cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal.
“Estamos tomando algumas medidas que são fundamentais para o equilíbrio da folha. A nossa previsão era que do jeito que estava caminhando nós chegaríamos no final do ano com o comprometimento de 56% das receitas com a folha quando o meu máximo é de 49%. Eu espero que antes de 2021 a gente possa encontrar o equilíbrio” afirmou.


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