Povos indígenas, quilombolas e extrativistas produzem de café a farofa
Projeto estimula bioeconomia e reverte lucros para comunidades
A cadeia de lojas e franquias Americanas está revendendo produtos amazônicos fabricados em nove estados da Amazônia Brasileira, por meio de uma plataforma digital chamada AmazoniAtiva. A comercialização dos produtos apoia instituições sociais e de comunidades extrativistas. Depois das vendas, o lucro é revertido para as comunidades produtoras.
Atualmente a AmazoniAtiva reúne cerca de 70 parceiros e beneficia mais de seis mil pessoas nos nove estados. Segundo a companhia, na Americanas Social, 100% do lucro é revertido para as instituições. “Estamos incluindo esses artesãos e comunidades no mapa do e-commerce, com uma gama de conteúdos, soluções e tecnologias que contribuem para o desenvolvimento dos seus negócios. Com isso, fortalecemos também o nosso propósito de somar o que o mundo tem de bom para melhorar a vida das pessoas”, comenta Jean Lessa, diretor de marketplace da Americanas.
De biojoias a madeira
As Americanas estão trabalhando com sete parceiros iniciais: Acre Biojoias; Cacau River; Coomflona; Ekilibre; Saboaria Rondônia; Farofa da Amazônia e Gaia Artesanato. São produtores de cafés, farofas, chocolates, cosméticos, biojóias e artesanatos em madeira certificada. Os protagonistas da AmazoniAtiva são os povos indígenas, quilombolas, extrativistas, pequenos e médios empreendedores, agricultores familiares e lideranças femininas, que representam a diversidade da Amazônia brasileira.
Bioeconomia
“O propósito da AmazoniAtiva é promover o desenvolvimento da bioeconomia, criando uma conexão entre empreendedores locais, investidores e consumidores. Orientada pelos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, a iniciativa valoriza o manejo florestal, a criatividade e a capacidade de produção das comunidades extrativistas”, destaca o diretor de Florestas e Políticas Públicas da BVRio, Beto Mesquita.
Segundo documento publicado pelo Governo do Amazonas, a bioeconomia se refere a estruturas de mercado pautadas em produtos e processos que partem de quatro princípios norteadores: conservação da biodiversidade; ciência e tecnologia voltadas ao uso sustentável da sociobiodiversidade; diminuição das desigualdades sociais e territoriais; expansão das áreas florestadas biodiversas e sustentáveis. “Valorizar as redes de conhecimento produtivo na região e promovê-las na Americanas dará ainda mais visibilidade para acelerar o fomento da economia dos nove estados da Amazônia Legal”, complementa Beto Mesquita.