Polícia Federal prende mais dois envolvidos em golpes de pirâmide financeira

Operação Fair Play investiga estelionato contra 350 vítimas em todo o país

Os suspeitos foram presos em Guarulhos (SP) e Curitiba (PR)

A Polícia Federal informou que dois dos principais investigados pela Operação Fair Play, integrantes do grupo empresarial que praticava crimes contra o
Sistema Financeiro Nacional, contra a economia popular, lavagem de dinheiro e
organização criminosa, foram presos na sexta (14) e na noite deste sábado (15).
Sem revelar nomes, a PF disse que um deles foi preso ainda na noite de sexta, em um hotel em Guarulhos/SP e outro foi preso no início da noite de sábados em
Curitiba/PR. Apenas um dos investigados ainda está foragido..
A Operação “Fair Play”, deflagrada pela Polícia Federal na última quarta-feira (12), apontou que o grupo empresarial Lotus Corporation é acusado de enganar 350 servidores públicos em quatro capitais brasileiras – Manaus (AM), Belém (PA), Natal (RN) e Boa Vista (RR) – em um esquema de pirâmide financeira. De acordo com a PF, as vítimas eram servidores da ativa e aposentados de todas as esferas (municipal, estadual e federal) que faziam empréstimos em instituições financeiras legalizadas e repassavam os valores para o grupo criminoso.
Além disso, os suspeitos prometiam uma espécie de rentabilidade fixa que “compensava” as parcelas do empréstimo e ainda rendia lucro.
A PF não revelou nomes dos presos na operação, mas disse que dois “cabeças” da organização criminosa são naturais da cidade de São Gonçalo (RJ). Eles têm entre 24 e 26 anos e usavam o dinheiro dos servidores para comprar carros de luxo, imóveis em condomínios caros, ostentavam relógios e viagens internacionais nas redes sociais.

Eventos

De acordo com os investigadores, a empresa investigada está ligada a um grupo empresarial que atua “nos mais diversos segmentos comerciais” relacionados a promoção de eventos como shows com “atrações nacionais na cidade de Manaus, campeonatos de pescaria, patrocínio de equipe de e-sports, até a compra e venda de automóveis”.
Para ter sucesso nessa empreitada, os suspeitos adotaram como estratégia a de atrair principalmente servidores públicos e aposentados.
“Em um período de 2 anos, o grupo empresarial investigado movimentou, aproximadamente, R$ 156 milhões. Os sócios e representantes, por sua vez, apresentaram evolução patrimonial meteórica, enquanto ostentavam um alto padrão de vida em redes sociais, residindo em condomínios de luxo, realizando viagens nacionais e internacionais e adquirindo veículos e embarcações também de luxo”, detalhou a PF.


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