Presidente da Associação fala em “lama e descaso” na rodovia
Cobrança se estende aos políticos do Amazonas
Por J. Taketomi
Especial para o ÚNICO
O presidente da Associação dos Amigos e Defensores da BR-319, André Marsílio, considera que o DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) é um dos principais culpados pelo não asfaltamento do chamado Lote Charlie, um trecho de 52 quilômetros da BR-319, situado antes do polêmico Trecho do Meio. “As obras não aconteceram e a BR é só lama e descaso”, disse André ao ÚNICO.
Segundo o presidente, o DNIT “errou feio ao passar a mão na cabeça do consórcio Tecon-Ardo-RC, encarregado de realizar a obra”. O consórcio sequer chegou a instalar a usina de asfalto na área, por não possuir a documentação necessária. “Então, o Ministério Público Federal interveio e embargou a obra”, detalha André, para quem a temporada de chuvas, alegada como desculpa por parte do DNIT, não justifica a inércia do consórcio, que abocanhou R$ 165,7 milhões sem entregar serviço algum na área.
Políticos omissos
Além do DNIT, André Marsílio acusa os políticos do Estado pelo “caos” estabelecido nos serviços no Lote Charlie. Na sua opinião, os parlamentares que representam o Amazonas no Congresso Nacional, assim como os que compõem a Assembleia Legislativa do Estado, precisam acompanhar de perto as ocorrências na BR-319, que sempre envolvem grandes volumes de recursos financeiros. “Falta fiscalização pelos parlamentares, a BR está mais do que abandonada, está intrafegável na área do Lote C, prejudicando seriamente o transporte de produtos perecíveis para Manaus”, afirma André.