Defesa do ex-prefeito alega que o juiz que o condenou é suspeito do mesmo crime
Advogados vão falar aos magistrados durante sessão do pleno da Corte de Justiça
O Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) marcou para o dia 8 de setembro o julgamento de um recurso do ex-prefeito de Coari, Adail Pinheiro, que pede revisão da sentença condenatória proferida contra ele no ano de 2014, por exploração sexual de menores. A defesa do ex-prefeito pediu a revisão alegando que o juiz que o julgou, foi acusado do mesmo crime.
De acordo com informações do próprio TJAM, o julgamento do recurso estava marcado para acontecer nas chamadas Câmaras Reunidas, que aceitam reuniões virtuais. Porém, o advogado de Adail pediu sustentação oral da defesa – vai falar pessoalmente aos magistrados – e o desembargador relator do caso, Abraham Peixoto Campos Filho, aceitou, marcando a data para 8 de setembro em sessão presencial.
Segundo a defesa de Adail Pinheiro o pedido de revisão criminal do processo sobre exploração sexual de crianças e adolescentes, no qual foi condenado a 11 anos de prisão, foi feito em função da suspeição do juiz que o julgou, Rafael Romano, que foi acusado de estuprar a neta.
Os fatos relativos ao abuso cometido pelo juiz começaram em 2009, motivo pelo qual a defesa de Adail pediu a suspeição e, consequentemente, a anulação de todos os atos praticados por ele no processo contra o ex-prefeito.
