Quebrando o hábito de ser eu mesma!!!

Correr ou nadar?

Sou atleta de corrida de rua há 22 anos. Já corri bastante pelo mundo e nenhum esporte me dava mais vida que corrida de rua. No começo, eu corria 1 km, e parecia que ia morrer. Não sabia respirar. O excesso de ventilação pulmonar devido ao tremendo esforço de uma iniciante autodidata, na pratica esportiva, fazia eu pensar que corrida não era para mim.

Teimosa que era, continuei a correr todos os dias. Passinho de bebê até o corpo acostumar.

Deixei de ser sedentária e, com uma autoconfiança fora do comum, fiz a minha inscrição na primeira prova da minha vida: correr 65km na estrada AM -010 que liga Manaus a Itacoatiara.
Depois que eu realizei esta façanha, pensei: eu vou correr a minha vida inteira.

E assim é!

Até que um dia de 2019, eu assisti um documentário sobre a americana Gertrude Ederle, a primeira mulher a cruzar o famoso Canal da Mancha.
Ela nadou durante 14 horas e 39 minutos em condições muito ruins cruzando de Cape Gris-Nez na França e chegar em Kingsdown, Kent, na Inglaterra.

Foi aí que comecei a pesquisar sobre provas em águas abertas e, sonhei em fazer uma, só tinha um problema: eu não sabia nadar.

Minha única experiencia com natação, foi quando eu cai de uma embarcação no meio do rio Amazonas e afundei feito uma pedra. Fui salva por um tio que me resgatou debaixo do motor (é assim que chamamos as embarcações aqui).

Sempre fui muito ligada a provas de resistência, mas não tenho a pretensão de atravessar o Canal da Mancha. No entanto, posso atravessar o rio Negro, não é mesmo?

A primeira coisa para se quebrar um hábito é fazer uma mudança significativa, é agir. Decidi mudar meus treinos, aprender a nadar com técnica, respirar consciente e provar a mim mesma que eu posso sim nadar por quilômetros em águas abertas.

Vou dizer uma coisa para vocês. Cada modalidade esportiva é única e as dificuldades de adaptação são inerentes aos mais variados exercícios. Eu estou treinando este ano exclusivamente para a travessia do Rio Negro.

Sou esforçada, mas ainda falho na execução da técnica. Meu professor de natação Galvão Sport OutDoor, que o diga.

Tenho enorme dificuldade nas braçadas e os primeiros minutos de treino intensos são horríveis, sofro mesmo!

Apesar de todas as dificuldades, hoje me vejo mais nadando que correndo e me sinto cada vez melhor.

Água é relaxante. Utilizo minha hora de treino também para aprender respirar, inspirar e fazer apneia.

Hoje já consigo ficar submersa por dois minutos, minha meta é cinco (rs*).

Contei esta história para vocês, porque nunca é tarde para se quebrar os próprios paradigmas.

A minha mudança vem da minha escolha. O desconfortável faz parte e é temporário e mudança precisa de coerência em qualquer área da nossa vida.

É treino! É treino! É treino!

Vamos nadar?

O conteúdo deste artigo é de inteira responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do ÚNICO


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