Força-tarefa vai para Itacoatiara investigar a doença da “urina preta”

O Governo do Amazonas, por meio da Fundação de Vigilância em Saúde – Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP), montou uma força-tarefa com especialistas que atuam em diferentes órgãos do Estado com o objetivo de investigar mais a fundo possíveis causas e formas de combate ao surto de rabdomiólise, detectado recentemente em Itacoatiara (a 176 quilômetros de Manaus).

Governo do Estado envia equipe para identificar a causa

Foram identificados 51 casos em oito municípios amazonenses

O Governo do Amazonas, por meio da Fundação de Vigilância em Saúde – Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP), montou uma força-tarefa com especialistas que atuam em diferentes órgãos do Estado com o objetivo de investigar mais a fundo possíveis causas e formas de combate ao surto de rabdomiólise, detectado recentemente em Itacoatiara (a 176 quilômetros de Manaus). O grupo segue para o município nesta quinta-feira (2).
Nesta quarta-feira (1), a FVS-RCP recebeu mais sete novas notificações de rabdomiólise. Ao todo, são 51 casos da síndrome notificados no estado, 36 em Itacoatiara, quatro em Silves, quatro de Borba, dois em Manaus, dois em Parintins, um em Caapiranga, um em Autazes e um em Maués.

A força-tarefa

“Essa força-tarefa que estamos articulando com outros órgãos é justamente para gente coordenar uma ação conjunta, principalmente porque envolve a produção rural, os pescadores artesanais, envolve questões relativas à cadeia econômica, mas, principalmente, a saúde pública. Nossa preocupação é com a segurança alimentar e com a saúde da população”, destacou Cristiano Fernandes, diretor-presidente da FVS-RCP.
A equipe será composta por especialistas da Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM), Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD), Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Amazonas (Adaf), Secretaria de Estado da Produção Rural (Sepror) e Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Consumo de peixe

O surto de rabdomiólise vem gerando preocupação entre os amazonenses para além de questões relacionadas à saúde. O principal receio no momento é quanto ao consumo de peixes que vem sendo apontado, indevidamente, como culpado pela transmissão da doença.
De acordo com o superintendente federal de agricultura no Amazonas, Guilherme Pessoa, ainda é cedo para fazer essa relação. “Nos parece ainda precipitado correlacionar isso com o consumo de peixe de modo geral. Nós já temos a certeza de que peixes de tanque, da piscicultura, não existe nenhum relato no mundo que possa ser associado com rabdomiólise”, explica.
Segundo o titular da Sepror, Leocy Cutrim, a preocupação é que a indevida associação do peixe como vetor da doença, aliada à proliferação de notícias falsas, possa afetar diretamente o setor primário e toda uma cadeia de produção que envolve a atividade pesqueira e o consumo do alimento no estado.


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