Lançamento da campanha Coração Azul revela 5 inquérito no Amazonas
Mobilização vai chegar até prostíbulos e hoteis
Solange Elias
Da redação
Ao lançar, na manhã desta segunda-feira (24), a campanha Coração Azul, de combate ao tráfico de pessoas no Amazonas, o secretário de Assistência Social da capital. Eduardo Lucas, deixou claro a gravidade do quadro. “O tráfico de pessoas existe e não é coisa de filme”, afirmou ele, revelando que a Semasc acompanha diversas denúncias que vão desde a exploração sexual até trabalho escravo. “Crianças somem e mulheres são cooptadas”, reforçou Lucas.
O lançamento foi feito no saguão do Aeroporto Eduardo Gomes, local de entrada e saída da capital amazonense, em ato simbólico.
Prostíbulos e hoteis
Segundo Eduardo Lucas, a mobilização da campanha inclui não apenas divulgação de número de denúncia (disque 100), palestras e conscientização, mas será levada para prostíbulos, hoteis, bares e outros estabelecimentos onde pessoas podem estar sob situação de exploração sexual.
Caso dos indígenas
Segundo a subsecretária de Assistência Social, Graça Prola, a Polícia Federal do Amazonas tem vários inquéritos abertos sobre tráfico de pessoas e crimes associados. Ela lembrou o caso dos jovens indígenas de São Gabriel da Cachoeira que foram levados para a Turquia, por uma entidade que não tem reconhecimento oficial do governo brasileiro. Outros jovens foram impedidos de fazer o mesmo trajeto, durante uma operação da PF que desmantelou a escola que abrigava grupos de indígenas levados para Manaus.
Inquéritos
Graça Prola informou também que, segundo dados da Polícia Federal dos anos de 2022 e 2023, estão abertos cinco inquéirtos relacionados ao tema, na instituição, sob os temas do trabalho escravo, servidão, adoção ilegal e exploração sexual. “Em outro caso, de Tabatinga, que houve tráfico de pessoa, mas o inquérito está sob sigilo e não temos mais informações”, completou ela.
A campanha
A “Campanha de Combate ao Tráfico de Pessoas” é uma iniciativa da Prefeitura de Manaus que visa ampliar a conscientização e o combate a essa prática criminosa, que afeta milhares de pessoas em todo o mundo, inclusive no território local.
O enfoque principal é a prevenção, alertando a população sobre os sinais de alerta do tráfico de pessoas e encorajando a denúncia de atividades suspeitas.