Fundação Amazônia Sustentável foi a primeira ONG a comparecer à comissão
Presidente da comissão discorda de dados apresentados
Valéria Costa
Correspondente
Brasília (ÚNICO) – Primeira Organização Não-Governamental (ONG) convidada a comparecer à CPI das ONGs, no Senado, a Fundação Amazônia Sustentável (FAS) fez uma espécie de balanço dos 15 anos de atuação no Amazonas, onde funciona a sede da entidade.
Superintendente da ONG, Virgílio Viana defendeu a transparência da instituição e afirmou que de todos os recursos financeiros que a FAS tem acessado nesses 15 anos para a implantação dos projetos que desenvolve na região, 77% foram investidos diretamente nos programas executados na Amazônia e, 23% nos custos fixos da organização.
Os dados foram apresentados em slides por Virgílio e reafirmado em sua fala após questionamentos do presidente da comissão, o senador Plínio Valério (PSDB).
Questionamentos
O senador questionou o que foi feito com R$ 400 milhões que a Fundação Amazônia Sustentável recebeu ao longo destes 15 anos, desde a sua fundação. “Muita divergência em relação sobre o que entrou, o que saiu e o que foi feito”, afirmou Valério.
Segundo o senador, a CPI recebeu informações e documentos sigilosos que apontam essas incoerências, principalmente no que diz respeito ao custo com pessoal.
“Não vamos politizar e bem abalar as ONGs, não é nosso intuito, mas abrir a caixa-preta das ONGs”, acrescentou o senador.
Origem dos recursos
Virgílio informou, ainda, que do volume de recursos recebidos, 85% são de origem nacional e, 79%, de fonte privada, que atendem a 802 comunidades no Amazonas onde a FAS desenvolve projetos.
“Receber recursos é dificílimo. Parece que o fato de a gente conquistar recurso parece um demérito. Conseguir aprovar um projeto no BNDES é dificílimo. A gente tinha que olhar pra isso como um mérito”, disse Viana.