Justiça Eleitoral identificou irregularidades em fretamento de voo
A decisão foi tomada por unanimidade no Tribunal Regional Eleitoral
As contas da campanha eleitoral do então candidato a deputado federal Silas Câmara (Republicanos) foram reprovadas pelo Tribunal Regional Eleitoral, por irregularidades identificadas no fretamento de um voo. Em função disso, o hoje deputado federal reeleito Silas Câmara terá que devolver R$ 319 mil para o Tesouro Nacional, por não ter comprovado corretamente o uso de dinheiro público (fundo partidário).
Os magistrados da Justiça Eleitoral consideraram não esclarecidas as circunstâncias em que Silas Câmara fretou um voo para Rio Branco, no Acre, quando sua campanha eleitoral era no Amazonas. A esposa de Silas, Antônia Lúcia Câmara, entretanto, fez campanha e se reelegeu deputada federal pelo Acre.
Inconsistências
O relator das contas, desembargador Marcelo Soares, apontou ainda que os voos da aeronave fretada faziam um “pinga-pinga” em diversos municípios, voava praticamente vazia num trecho e com a capacidade acima do limite em outro, carregava crianças de colo e “os itinerários mencionados evidenciam que o trajeto é incompatível com a campanha”.
“Portanto, a viagem foi irregular, os recursos usados também e precisam ser devolvidos”, sentenciou o relator, sendo acompanhado por todos os demais magistrados.