Privatização da Reman pode favorecer a vocação portuária da Velha Serpa
Deputado concorda com avaliação do Cade de que não haverá monopólio
O deputado estadual Serafim Corrêa (PSB) sugeriu, na manhã desta quinta-feira (19) na Assembleia Legislativa, que as empresas distribuidoras de combustíveis que utilizam atualmente o terminal da Refinaria Isaac Sabbá (Reman) para operação de suas mercadorias, passem a utilizar o terminal portuário de Itacoatiara. A Reman foi comprada pelo grupo Atem e, uma vez privatizado, o porto pertencerá ao próprio grupo. Mas o Porto de Itacoatiara ainda é público.
O discurso de Serafim se afina com o do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) que, ao aprovar a venda da Reman, no início desta semana, apontou que a operação “não gera incentivos ao fechamento de insumos” e “efeitos anticoncorrenciais”, como afirmam as concorrentes do Grupo Atem. Para os técnicos do Cade, as distribuidoras podem importar insumos até Itacoatiara e, de lá, transportá-los a Manaus de barcaças. “Essa é uma opção que é razoável, lógica, viável e econômica”, disse o deputado.
Abastecer as calhas
Serafim acrescentou que as distribuidoras concorrentes do Grupo Atem podem adquirir insumos de outras refinarias e levá-los até o terminal de Itacoatiara. De lá, o transporte para Manaus pode ser feito em barcaças.
“Em Itacoatiara existe uma base da Petrobras”, apontou o parlamentar. “De lá vai ser possível abastecer toda a calha do rio Madeira e também outros municípios do baixo Amazonas”, defendeu Serafim. “A vocação de Itacoatiara é portuária. Itacoatiara precisa descobrir essa solução pela posição estratégica que ocupa geograficamente de ser uma referência portuária da Amazônia como um todo, por estar na biqueira do rio Madeira”, completou o o líder do PSB na Aleam.
