Eduardo Schwartsman disse que a modelo econômico é “uma aberração”
Reação dos políticos amazonenses enche as redes sociais
Fábio Rodrigues
Da redação do ÚNICO
O secretário estadual de Ciência e Tecnologia do Amazonas, Serafim Corrêa, disse, nesta quarta-feira (25), que o economista paulista Alexandre Schwartsman, ex-diretor de Assuntos Internacionais do Banco Central, precisa “estudar história” para entender o contexto da Zona Franca de Manaus. A reação de Serafim se deu em função da afirmativa do economista de que a ZFM é “uma aberração”, em uma entrevista concedida a um canal de televisão.
Schwartsman foi questionado sobre a seca na Amazônia, mas optou por classificar a Zona Franca como aberração, porque está localizada muito longe dos mercados consumidores. “Por que, diabos, a ZF fica lá quando os mercados consumidores estão aqui?”, disse ele. “Pelo mesmo motivo que plantamos soja no Brasil, mas o mercado consumidor está na China”, disse Serafim.
Ouça como o secretário Serafim Corrêa respondeu:
Reação generalizada
A fala de Schwartsman foi comentada também por diversos políticos amazonenses. O deputado federal Saullo Vianna, por exemplo, seguiu a linha de Serafim e apontou que o economista precisa “ter aula de geografia para conhecer o seu país e aula de história para respeitar a Zona Franca de Manaus e o estado do Amazonas”.
Saullo ressaltou a importância econômica da ZFM para a região e para o país como um todo. “Esse modelo ajuda a desenvolver o Amazonas. Nos primeiros sete meses, de janeiro a julho, a Zona Franca de Manaus faturou R$ 98 bilhões, emprega mais de 500 mil amazonenses de maneira direta e indireta, além de dar uma contrapartida importante para o Brasil e para o mundo que é a preservação de mais de 90% da floresta em pé”, apontou.
Preconceito
O ex-deputado federal Marcelo Ramos também se pronunciou, apontando que “o grande inimigo da Zona Franca hoje é a ignorância, o preconceito e o desconhecimento”. Ramos destacou ainda que o Brasil não é só São Paulo, como parece pensar o economista. O deputado estadual Sinésio Campos foi à tribuna da Assembleia Legislativa falar sobre o caso e classificou o economista de “nazista, mau-caráter e sem vergonha.
Veja o que disse o economista: