A escassez hídrica no rio Madeira é o principal problema
Amazonas Energia vai detalhar situação no Estado, na próxima semana
Fábio Rodrigues
Da redação do ÚNICO
Diante da condição crítica de seca na qual se encontra a bacia do Rio Madeira, na Amazônia, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) recomendou que os órgãos competentes “declarem a situação excepcional e temporária de escassez hídrica para a bacia”.
De acordo com o ONS, a medida é necessária em decorrência dos cenários de previsão meteorológicas que não indicam a melhoria desse panorama nos próximos dias. “Com isso, será possível implementar medidas efetivas urgentes que permaneçam garantindo o suprimento de energia na região”, disse o órgão em nota.
Retomada das termelétricas
O ONS informou ainda que na busca de soluções preventivas, indicou “a retomada da disponibilidade das térmicas Termonorte I e II, instaladas em Porto Velho (RO), para complementação do atendimento ao horário de maior demanda de energia nas regiões Acre e Rondônia”.
O ONS destacou que a severa seca em bacias da Região Amazônica, que resulta na mais grave estiagem nos estados do Acre, Rondônia, Roraima, Amazonas e Amapá é o motivo das decisões excepcionais.
Amazonas Energia
A concessionária Amazonas Energia informou ao ÚNICO que na próxima segunda-feira (9) vai convocar a imprensa para apresentar detalhes de como estão as condições hídricas para geração de energia em todo o Estado. Por enquanto, a concessionária descarta qualquer tipo de racionamento, segundo informou sua assessoria.
Se faltar combustível, falta energia
Nos municípios do interior do Amazonas, a preocupação com geração de energia também já existe. Não pela geração de energia hídrica, mas pela falta de combustíveis para abastecer as termoelétricas (movidas a diesel). O prefeito de Borba, Simão Peixoto, disse que com a seca, algumas balsas enfrentam dificuldade na navegação pelo rio Madeira – o mesmo que está “seco” e forçou o desligamento da Hidrelétrica Santo Antônio, que abastece Rondônia.
“A outra remessa chegará no dia 22 de novembro, e a preocupação é que a balsa que transporta esses combustíveis possa não alcançar Borba devido à redução do nível do rio. Isso poderia forçar o município a implementar medidas de racionamento”, disse o prefeito.