Rio Madeira começa a subir e hidrelétrica volta a operar

Secretário Serafim Corrêa monitora e comemora

Rio Negro desce mais 10 centímetros e só se recupera em novembro, diz CPRM

Fábio Rodrigues
Da redação do ÚNICO

Maior afluente do rio Amazonas, nascido da junção dos rios Mamoré e Guaporé, em Rondônia, o rio Madeira começou a registrar sinais de enchente. Nos últimos três dias o rio subiu pelo menos 26 centímetros, o que permitiu, por exemplo, a religação da Hidrelétrica de Santo Antônio, que havia sido desligada no último dia 2, por falta de água.

Fato relevante

A informação da retomada das operações na Usina Santo Antônio foi feita por meio de “fato relevante” (nota oficial) nesta segunda: “Devido ao aumento da vazão do rio Madeira nos últimos dias, os limites operacionais da Hidrelétrica Santo Antônio foram restabelecidos e, em alinhamento com o Operador Nacional do Sistema Elétrico, a operação foi retomada”, diz a nota divulgada pela empresa.

Secretário monitora

Pelo X, antigo Twitter, o secretário estadual de Ciência e Tecnologia, Serafim Corrêa, tem mantido monitoramento assíduos das cabeceiras dos rios que formam a bacia amazônica e publicado a evolução de cada trecho. Ele comemora cada avanço: “O rio Maranon, no Peru, subiu 17 cm o que refletiu no Rio Solimões em Tabatinga em 11 cm. A água está chegando”, disse ele.

Rio Negro

Ao site de notícias G1, a pesquisadora do Serviço Geológico Brasileiro (SGB), Jussara Cury, disse que a subida do rio Negro ainda pode demorar. Segundo ela, as águas podem voltar a subir apenas em novembro, porque dependem da contribuição do rio Solimões, que também atravessa seca extrema.
Nesta terça-feira (17), um dia depois de superar o recorde de maior seca em 121 anos de história, a cota do rio Negro ficou ainda mais abaixo: o Porto de Manaus registrou 13,40 metros acima do nivel do mar, 10 centímetros a menos do que na segunda-feira (16).


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