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Relatório Mundial da Felicidade

Por: Michele Lins Aracaty e Silva

Economista, Doutora em Desenvolvimento Regional, Docente do Departamento de Economia da UFAM, ex-vice-presidente do CORECON-AM.

Real Digital ou “govcoin

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Desde 2020 a autoridade monetária brasileira vem amadurecendo a proposta de implantação de uma Moeda Digital e recentemente apresentou ao mercado as “diretrizes” que nortearão o funcionamento do Real Digital ou “govcoin”.

O Real Digital ou “govcoin” será emitido pelo Banco Central cabendo ao sistema financeiro a responsabilidade de distribuí-lo e de custeá-lo. Na prática, será usado por meio de carteira digital devidamente disponibilizada pelas instituições financeiras. De acordo com o Banco Central o “govcoin” não será uma Criptomoeda ou Bitcoin pois será lastreado pela autoridade monetária sendo, portanto, configurado como uma Central Bank Digital Currency – CBDC.

Entre as principais diretrizes disponibilizadas pelo BC em relação a proposta da Moeda Digital, destacamos: previsão de uso em pagamentos de varejo; capacidade para realizar operações on-line e off-line; emissão pelo BC como extensão da moeda física; garantia de segurança jurídica das operações; aderência a todos os princípios e regras de privacidade e segurança; padrões de resiliência e segurança cibernética equivalentes aos do mercado financeiro e a integração com moedas nacionais.

A autoridade monetária tem a expectativa de que a Moeda Digital possa reduzir gradativamente o uso do dinheiro em espécie e que contribua para facilitar o uso da moeda brasileira em transações no exterior.

Já para o consumidor, o que se espera é um mercado de ofertas personalizadas e descontos vantajosos, otimização do tempo no uso das contas em bancos, fintechs ou cooperativas num único sistema bem como a facilidade de pagamento instantâneo no país e no exterior (Pix internacional).

O que se sabe até agora é que as diretrizes ora propostas serão discutidas com a sociedade para que as adequações possam atender aos potenciais usuários da Moeda Digital e num futuro próximo, já prevêem o desenvolvimento de novos serviços financeiros com destaque para: os contratos inteligentes; dinheiro programável e meio de liquidação para a internet das coisas.

Depois do Pix, Open Banking, Open Finance e após a implantação do Real Digital programado para este ano, o propósito da autoridade monetária é fazer uma integração de produtos dentro de uma única plataforma até 2024 oportunizando a realização de transações internacionais instantâneas num processo de “finanças sem fronteiras”.

Toda essa movimentação constitui num grande passo para que o sistema financeiro brasileiro possa se modernizar, ser mais integrado, ter mais dinamismo, ser de fácil acesso aos usuários e que possa romper as fronteiras internacionais e facilitar as transações.

O conteúdo deste artigo é de inteira responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do ÚNICO


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