Prorrogada a prisão de delegado envolvido no desvio de ouro

Ministério Público determina transferência de sistema de monitoramento para a Polícia Civil

A Justiça do Amazonas prorrogou, a pedido do Ministério Público do Amazonas (MPAM), a prisão do ex-secretário de Inteligência do Amazonas, delegado Samir Freire, por mais 30 dias.
Além de Samir, a Justiça também prorrogou as prisões de Adriano José Frizo, Jarday Bello Vieira e André Silva da Costa.
O grupo foi preso no último dia 9 de julho, durante a Operação Garimpo Urbano, do Ministério Público do Amazonas e da Polícia Federal, que investiga a ação dos agentes no desvio de cargas de ouro, obtidas durante abordagem aos transportadores.
De acordo com O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), Samir e os policiais comparsas pediam dinheiro para liberar as cargas e ameaçavam empresários com flagrantes forjados. Além disto, foram desviados pelo menos 60 quilos de ouro.
Samir operava na Secretaria de Inteligência de onde interceptava conversas telefônicas dos transportadores de ouro e o MPAM já pediu a transferência do sistema de intercepção telefônica ‘Guardião’ e do Laboratório de Tecnologia contra a Lavagem de Dinheiro (LAB-LD), que ainda estão na Secretaria Executiva Adjunta de Inteligência (Seai), para as instalações físicas da Polícia Civil do Estado do Amazonas.
A recomendação do MPAM é no sentido de que apenas policiais integrantes da estrutura interna da Polícia Civil e sob a supervisão da Delegada Geral, Emília Ferraz, possam dar cumprimento às medidas de interceptação telefônicas em andamento e às que vierem a ser autorizadas judicialmente, saindo assim, do controle dos servidores da Secretaria Adjunta de Inteligência (SEAI).
Para isso, a Secretaria de Segurança Pública deve providenciar, no prazo de cinco dias, uma equipe de transição, designada pela Delegada Geral, para operar e manusear esse sistema ainda na estrutura da Seai, até que seja preparada a estrutura física e tecnológica necessária à transferência dos equipamentos para a sede da Polícia Civil, diz o MP.


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