Neste ano, mais de 70 mulheres foram vítimas de violência no município
Prefeitura oferece abrigo, qualificação profissional e acompanhamento às vítimas
A prefeitura de Presidente Figueiredo iniciou a Campanha Agosto Lilás, de conscientização pelo fim da violência doméstica contra a mulher, nesta quarta-feira (16), colocando as equipes de assistentes sociais, psicólogos e outros profissionais em uma ampla ação de conscientização nas escolas municipais e estaduais.
Coordenado pela Secretaria Extraordinária de Políticas Públicas para as Mulheres (SEPM), o evento reuniu representantes das instituições que, junto com o Poder Executivo municipal, prestam acolhimento, dão apoio e proteção às vítimas de violência, por meio do programa Ronda Mulher Segura Família Feliz, implantado em 2021 pela prefeita Patrícia Lopes.
Canais de apoio e denúncias
A secretária da SEPM, Ieda Nicácio, destacou que o município conta hoje com uma rede estruturada de amparo às vítimas, com canais de denúncia e profissionais capacitados para oferecer acolhimento a elas. “Estamos aqui, hoje, para em nome da prefeita Patrícia Lopes, reforçar o compromisso dessa gestão com o enfrentamento à violência contra a mulher”, disse ela, representando a prefeita que está em tratamento médico.
Ronda
A secretária destacou, ainda, a importância do programa Ronda Mulher Segura, Família Feliz, idealizado pela prefeita Patrícia Lopes, e que conta com a participação de instituições como as policias Civil e Militar, Conselho Tutelar, Guarda Municipal, Promotoria de Justiça, Defensoria Pública e várias secretarias municipais, como a de Políticas Públicas para as Mulheres, Assistência Social e Cidadania (Semasc), Saúde (Sems), Educação (Semed), entre outras.
Depoimento
A dona de casa Francimara Nogueira, de 23 anos, mãe de dois meninos, um com cinco e outro com seis anos, moradora da Comunidade Cristo Rei (km 28 da AM 240 – Estrada de Balbina), vítima de tentativa de feminicídio, fez um depoimento emocionante sobre a importância que a rede de apoio à mulher, vítima de violência doméstica, da prefeitura teve para que pudesse recomeçar a sua vida, depois que foi agredida com golpes de terçado pelo antigo companheiro.
“Encontrei acolhimento, moradia, alimentação, assistência jurídica e ainda recebemos acompanhamento psicossocial. Ganhei uma nova vida, trabalho e recebo o apoio que preciso para cuidar dos meus filhos. Ainda tenho medo, mas, me sinto mais segura, protegida”, afirmou.
Sem omissão
A coordenadora do Creas, Rosangela Melo, fez um apelo para que família, vizinhos, a sociedade de modo geral, não fique omissa quando presenciar um caso de violência doméstica, para evitar que o caso evolua para um feminicídio.
“Não podemos nos calar. É pra meter a colher, sim. A intervenção da sociedade, da polícia, do profissional de saúde, da família, de todos, é fundamental para evitar que feminicídio aconteça e tantas vidas sejam destruídas”, apelou.