Márcio Pochmann deve falar sobre o aumento do número de indígenas no Censo 2022
Denúncia feita na comissão aponta que resultado de censo indígena foi manipulado
Valéria Costa
Correspondente
Brasília (ÚNICO) – Na reta final das reuniões da CPI das ONGs, a comissão recebe nesta terça-feira (10) o presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Márcio Pochmann. O convite atende ao requerimento do relator da comissão, o senador Márcio Bittar (União-AC).
Presidida pelo senador Plínio Valério, a CPI investiga como funciona os trabalhos e ações desenvolvidos por ONGs ambientais na Amazônia. Segundo o parlamentar, há muitas denúncias que não coadunam com a missão que estas organizações dizem ter na região.
Sobre a oitiva de Pochmann, o colegiado quer repercutir denúncias que chegaram à comissão de que os resultados do Censo 2022, no que tange à população indígena do país teria sido manipulado e mostrado um número superior de pessoas que se reconhecem indígenas do que o normal.
Amazonas é destaque
De acordo com os números oficiais divulgados pelo IBGE em agosto deste ano, o Brasil possui 1,6 milhão de indígenas, o que representa 0,83% da população brasileira. O Amazonas e a capital amazonense são destaques neste cenário. O Estado tem o maior número absoluto de indígenas, com 490,8 mil habitantes, enquanto Manaus é a cidade com mais indígenas no país: 71,7 mil.
No requerimento em que convida o presidente do IBGE, o senador Bittar justifica “surpreendeu, especialmente em relação ao aumento exponencial do número de indígenas” no resultado do Censo 2022 e quer saber qual foi a participação das ONGs na metodologia da pesquisa.
A reunião da CPI acontece nesta terça, às 10h (hora Brasília), no Senado.