‘Precisamos colocar a economia para funcionar, mas de forma responsável’, diz presidente do COSEMS-AM

“O país, realmente, não pode parar, senão vamos morrer de fome. Precisamos colocar a economia para funcionar, mas de forma responsável. Não podemos colocar em jogo o bem mais valioso das pessoas, que é a vida”. O comentário é do presidente do Conselho de Secretários Municipais de Saúde do Amazonas (COSEMS-AM), Januário Neto, que, em entrevista à Rádio Diário, cobrou das autoridades financeiras e da iniciativa privada um maior empenho na luta contra a pandemia do Coronavírus.

“O país, realmente, não pode parar, senão vamos morrer de fome. Precisamos colocar a economia para funcionar, mas de forma responsável. Não podemos colocar em jogo o bem mais valioso das pessoas, que é a vida”. O comentário é do presidente do Conselho de Secretários Municipais de Saúde do Amazonas (COSEMS-AM), Januário Neto, que, em entrevista à Rádio Diário, cobrou das autoridades financeiras e da iniciativa privada um maior empenho na luta contra a pandemia do Coronavírus.

“Temos que trazer o pessoal do poder econômico para o jogo. Nós, da saúde, estamos diuturnamente nas ruas cuidando da população. Está na hora da equipe econômica e a classe empresarial pararem de olhar só para aquilo que dá lucro e ver que grande parte da sociedade terá inúmeros problemas caso eles não tomem algumas decisões importantes a tempo”, disparou.

Januário Neto comentou que o Amazonas precisa acompanhar as ações tomadas pelas nações de primeiro mundo, pois elas estão alguns meses à frente do Brasil no histórico da Pandemia.
“Na Itália, por exemplo, na cidade de Milão, uma das mais importantes daquele país, no início da pandemia a prefeitura chegou a fazer uma campanha ‘Milão não para’. Todos foram para a rua trabalhar normalmente, sendo que, a população italiana é predominantemente de idosos que padecem de vários problemas que chamamos de ‘problemas de base’ como enfisema pulmonar, hipertensão, diabetes, enfim, acabou sofrendo a gravidade da infecção”, explicou.

“São esses erros que não temos o direito de cometer aqui no Amazonas e no Brasil. O primeiro mundo falhou no combate ao Coronavírus. E nós? Também vamos falhar cometendo os mesmos erros?”, questionou.

Na avaliação de Januário Neto, as equipes econômicas dos governos Federal, Estadual e Municipal precisam tomar medidas para proteger a economia sem sacrificar a população. Ele citou o exemplo de Portugal que proibiu os cortes de água, gás e energia por motivo de inadimplência. “Também em Portugal, já se discute a suspensão de pagamento dos financiamentos habitacionais no período de estado de emergência. Na Inglaterra, o governo vai pagar 80% dos vencimentos dos autônomos durante a pandemia. Ou seja, são medidas econômicas que estão contando, inclusive, com a ajuda da iniciativa privada, coisa que não estamos vendo aqui no Brasil”, criticou.

Investimentos no interior

O presidente do COSEMS-AM informou que os municípios receberão, até o final dessa semana, um montante de R$ 8 milhões do Governo Federal para investirem em Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), equipamentos hospitalares e fortalecimento das ações contra o Coronavírus. Mais R$ 12 milhões serão transferidos direto para as prefeituras, quando cada município receberá R$ 2,3 per capita.

“O Governo do Estado ficará com R$ 2,4 milhões para cuidar da questão da logística e da compra de insumos. Manaus receberá mais de R$ 4 milhões, porque entendemos que será o município que sofrerá mais com o número absurdo e absoluto de casos de contagio pelo Coronavírus”, revelou.


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