Por que ser desonesto é tão interessante?

Maria Ritah

Calma gente, este não é um artigo do diabo em defesa da trapaça. Não é não! Mas, entre tantos acontecimentos sociais, resolvi refletir mais sobre a desonestidade (minha e sua) numa sociedade em que todos nós pregamos a moral e o bom costume.

Vamos combinar? O assunto do comportamento desonesto e da corrupção está em nossa agenda diária.

O comediante Groucho Marx tem uma piada sobre ser honesto. Ele conta que existe algumas maneiras de descobrir se um homem é honesto e uma delas é a gente perguntar a ele. Se ele responder “sim”, ele é um vigarista.

Tudo bem que a piada é meio sem graça, mas ela foi usada pelo professor de economia Dan Ariely, em sua pesquisa comportamental sobre desonestidade onde concluiu que todos os seres humanos são desonestos e que a “mentira branca” aquela que supostamente não faz mal a ninguém, é na verdade trapaça.

Resumo da ópera: Todos nós trapaceamos, e pasmem!

De acordo com ele, a solução para este vírus da desonestidade é que cada um de nós reconheça aquele momento infame em que pensa em tirar vantagem só para si de qualquer situação ou coisa, e pensar no outro.

Eu sempre brinco com meus amigos, que eu não quero nunca encontrar um saco cheio de dinheiro na rua, porque há uma grande possibilidade de eu ficar com ele e pagar minhas contas, comprar mais coisas e ajudar os amigos.

É claro que este comportamento seria uma coisa que talvez eu jamais me orgulharia, então, prefiro não encontrar (rs*) porque cientificamente falando são muitas variantes e tudo depende…

A mais pura verdade sobre a desonestidade é que não somos perfeitos. As vezes quando não enganamos os outros de nossas reais intenções, engamos a nós mesmos. É uma loucura humana.

Ora veja, tudo isso tem solução!

A filosofia estoica dá uma boa. Pense que qualquer atitude sua afeta o mundo a sua volta. A única saída para toda essa questão de desonestidade, é pensar no coletivo.

Pensar no outro, nas consequências de seus atos, porque tudo que você faz AFETA o mundo.

Vou repetir para mim e para você. Pensar, antes de qualquer ação, de forma coletiva e consciente ajuda a manter a integridade. E se você quer se manter honesto, não faça aos outros o que não gostaria que eles fizessem a você.

Eu penso nisso, e você?

Maria Ritah é atleta ultramaratonista, produtora e apresentadora do programa Conexão Gaia, da rádio Logos Fm 87.9


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