Polo naval do Amazonas aponta ameaça de paralisação do setor

Sindicato diz que falta de repasses da Marinha Mercante suspendeu obras

Fundo deve pelo menos R$ 200 milhões aos estaleiros amazonenses

O Sindicato das Empresas de Navegação Fluvial no Estado do Amazonas (Sindarma) informou nesta terça-feira (23) que o Polo Naval do Amazonas está sob ameaça de paralisar suas atividades por conta da falta de repasses do Fundo da Marinha Mercante (FMM), que está suspenso desde dezembro de 2022. No total, são cerca de R$ 200 milhões que estão retidos pela Receita Federal, o que também representa uma ameaça aos empregos de 5 mil trabalhadores de transportadoras e estaleiros, apenas em Manaus.

Fundo essencial

O Fundo, que deveria ser repassado mensalmente pelo órgão federal, tem como principal fonte de verbas a arrecadação das contribuições ao Adicional do Frete para Renovação da Marinha Mercante, pagos pelas próprias empresas do setor em suas operações para ser utilizado, obrigatoriamente, na construção e aquisição de embarcações novas, modernização da frota, docagem, manutenção e reparos.

Estaleiros paralisados

De acordo com o presidente do Sindarma, Galdino Alencar, sem os repasses muitas obras estão paralisadas nos estaleiros em todo o Estado e após seis meses sem a verba, as empresas estão ficando no vermelho, uma vez que estão utilizando recursos próprios para custear a manutenção das embarcações, principalmente daquelas que fazem o abastecimento de combustível para os municípios do interior.


“Estamos mantendo o compromisso e a responsabilidade de manter nossa atividade, mas é um semestre inteiro acumulando prejuízos e muitos estaleiros já estão considerando o risco de demissão em massa de seus colaboradores porque não conseguem mais arcar com os custos de projetos que estavam em andamento, uma vez que FMM é vital para manutenção de suas atividades”, alertou Galdino.


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