Operação Libertação visa destruir a infraestrutura dos garimpos
Ibama tenta evitar nova crise humanitária, agora com os não-índios
Brasília (ÚNICO) – A Polícia Federal (PF) se juntou ao Ibama nesta sexta-feira (10), em terras Yanomami, onde deflagrou Operação Libertação, mais uma etapa para livrar a região do garimpo ilegal.
O objetivo da operação é destruir a infraestrutura dos garimpos e buscar provas. Ao mesmo tempo, a equipe de segurança quer facilitar a saída dos não indígenas do território; esse procedimento é chamado de desintrusão “O foco das ações é na logística do crime e no registro da materialidade delitiva, não nas pessoas envolvidas, de modo a evitar que haja dificuldades na saída dos não índios da terra Yanomami”, afirmou o chefe da Diretoria de Meio Ambiente e Amazônia da PF, Humberto Freire, de acordo com a assessoria da PF. O objetivo também é, segundo Freire, evitar outra crise humanitária – desta vez, dos garimpeiros.
A operação é uma parceria entre o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama), a Fundação Nacional do Indígena (Funai), a Força Nacional e o Ministério da Defesa.
Destruição de maquinário
Na última quarta-feira (8), uma força-tarefa do governo federal destruiu maquinários usados no garimpo ilegal em terra indígena Yanomami. Foram queimados um helicóptero, um avião, um trator de esteira e estruturas de apoio logístico dos garimpeiros. Além disso, a equipe apreendeu duas armas e três barcos com cerca de 5 mil litros de combustível.
A destruição do maquinário é prevista na legislação para impedir a retomada do crime e garantir a segurança dos policiais e fiscalizadores, já que o recolhimento desses equipamentos demandaria uma logística complexa e cara.