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O LOBO DO HOMEM E O PINTO DO PINDUCA

Por: Ademir Ramos

Professor, antropólogo, coordenador do projeto jaraqui, do NCPAM/UFAM vinculado ao Dpto. de Ciências Sociais.

POBREZA COMO PANDEMIA SOCIAL

covid19

Por Ademir Ramos

Nas ruas e praças, nas feiras e mercados nos deparamos com situação de perversa pobreza testemunhando uma verdadeira pandemia da fome.

Homens e mulheres como farrapo humano buscam nas lixeiras o que comer, disputando entre seus pares “na podridão do lixo” suprir a absoluta necessidade que afeta os amazonenses socialmente excluídos e expropriados de seus direitos fundamentais condenados a viver no submundo da peste social que assola milhares de brasileiros.

Esse cenário de cruel desigualdade mostra-nos o quanto às políticas públicas do “Estado de bem-estar social” é falsa e mentirosa politicamente. Servindo tão-somente para beneficiar políticos corruptos, populistas e como urubus alimentam-se da miséria da nossa gente que vivem nesse estado pandêmico a reduzir homens e mulheres em ratos e ratazanas disputando nos lixões das cidades o que comer nas condições bestiais impostas.

Essas pessoas excluídss encontram-se embrutecidas, doentes socialmente tanto quanto os políticos urubus que se fartam da miséria social para arrebatar votos com programas mitigadores para fisgar o eleitor pela boca como peixe no rio das campanhas eleitorais.

No entanto, o pior de tudo é o silencia, a indiferença e naturalização da miséria social como se o fato fosse um fenômeno natural ou quem sabe uma “purgação dos pecados” na visão neopentecostal.

Não, a miséria dos amazonense e dos brasileiros possibilita acumulação da riqueza dos poucos que vivem e moram no bem bom social que não se servem da Escola Pública, do Sistema Único de Saúde, da Segurança Pública, das Moradias Populares, entre outros serviços que o Estado oferece a população.

Nesse campo, a política é um bem por excelência, por esta razão é importante que as lideranças dos Movimentos Sociais e demais forças políticas responsáveis da cidade e do interior participem efetivamente das disputas eleitorais questionando, propondo, debatendo a questão social não como moeda de troca, mas como instrumento de direito capaz de Ver, Julgar e Agir numa perspectiva da Justiça Social lutando juntos por uma sociedade soberana e igualitária criando condições para que o trabalho, o pão e a liberdade seja um bem dignificante para todos.


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