Petroleiros comemoram a mudança:”o pesadelo acabou”
Em seis anos, o gás de cozinha subiu 223%, a gasolina 112% e o diesel 121%
Brasília (ÚNICO) – A Petrobras anunciou nesta terça-feira (16), que vai mudar a atual política de reajuste de preços dos combustíveis – a paridade de preço internacional (PPI) -, criada no governo de Michel Temer e que leva em consideração basicamente as cotações do petróleo no mercado internacional e, portanto, o reajuste em dólares. Segundo nota divulgada pela Petrobras, o novo sistema vai levar em consideração também o “custo alternativo do cliente” e “valor marginal” para a empresa.
Ainda não foram revelados os detalhes de como será o funcionamento da nova política de combustíveis, mas na semana passada o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, já havia anunciado oficialmente que haveria uma mudança no modelo de preços. “O critério (dos preços) vai ser de estabilidade versus volatilidade Não precisamos voltar ao tempo em que não houve nenhum reajuste, como em 2006 e 2007, mas também não precisamos voltar à maratona de 118 reajustes no ano em um único combustível, somente em 2017, o que levou à greve dos caminhoneiros”, disse.
Petroleiros
Após o anúncio da Petrobras, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) afirmou, em nota, que “o pesadelo chegou ao fim”. O coordenador-geral da entidade, Deyvid Bacelar, espera que a nova política de preços permita que a população deixe de “pagar pelos combustíveis como se fossem importados”.
A FUP aproveitou o anúncio para fazer um balanço dos mais de seis anos de vigência do PPI. Segundo a federação, a política gerou um aumento de 223,8% do botijão de gás de cozinha de 13 quilos (GLP, na refinaria; uma alta de 61,9% no barril de petróleo (em reais) e um crescimento de 112,7% na gasolina e de 121,5% no diesel