Parintins é a quarta cidade a registrar seca recorde neste ano

Seis municípios do baixo Amazonas estão sob ameaça

Em Manaus, rio Negro chega a 13,19m – nunca foi tão baixo

Alessandra Luppo
Da redação do ÚNICO

O município de Parintins tornou-se, nesta sexta-feira (20), a quarta cidade amazonense a registrar a cota mais baixa da história do rio Amazonas, nos últimos 49 anos. Segundo informou o Serviço Geológico do Brasil (SGB), o rio Amazonas amanheceu com 1,90m negativos, ou seja, abaixo da linha do mar. São 4 centímetros a menos que o recorde da grande seca de 2010. Manaus, Itacoatiara, Manacapuru foram as três anteriores.

Ameaçadas

Com a vazante recorde dos rios Negro e Solimões, o rio Amazonas também sofre os efeitos. Abaixo de Itacoatiara – que registrou a pior estiagem de todos os tempos na segunda-feira (16) – estão ameaçados de secas históricas também os municípios de Barreirinha, Boa Vista do Ramos, Maués, Nhamundá, São Sebastião do Uatumã e Urucará.

Rio Negro desce mais 40cm

Nesta sexta-feira (20) o Porto de Manaus registrou a cota do rio Negro em apenas 13,19m acima do nível do mar, confirmando que ele continua vazando e afetando os demais municípios. São 44 centímetros a menos que a seca recorde de 2010 (13,63m) e 40 desde que o recorde de 121 anos foi batido.

O Serviço Geológico confirma que depois da seca severa seus efeitos e impactos podem se repercutir em 2024 “em razão do processo de El Niño, que provavelmente atingirá seu ápice ao final de 2023, impactando o período chuvoso na região e possivelmente resultando em anomalias negativas de precipitação na região Amazônica”. Ou seja, menos chuva no inverno.

Com informações do SGB, G1 e Defesa Civil de Parintins


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