Órgãos públicos suspendem atividades, hospitais estão lotados e autoridades apelam pela vacinação
Confira alguns dos órgãos que suspenderam atividades e qual o prazo
Exatamente um ano depois daquele 14 de janeiro de 2021, quando Manaus enfrentou a tragédia da falta de oxigênio em hospitais públicos e privados que levou dezenas de pessoas à morte por asfixia, a Covid-19 produziu novo efeito na capital amazonense, dessa vez fechando as portas de universidades, órgãos públicos e superlotando hospitais. Durante todo o dia de hoje, gestores públicos divulgaram notas sobre a suspensão de atividades durante os próximos 15 dias, pelo menos, quanto se espera que a terceira onda da doença comece a diminuir.
A chegada da variante Ômicron em Manaus, aliada à incidência da Influenza e também casos de flurona (corona+influenza), colocou em suspensão o início das aulas nas universidades, nas escolas públicas e nos serviços de órgãos administrativos. O prefeito de Manaus concedeu coletiva fazendo um apelo pela vacinação de quem ainda não se imunizou – cerca de 100 mil pessoas só em Manaus.
Veja quem anunciou suspensão hoje:
Prefeitura de Manaus – Suspendeu os trabalhos presenciais para todos os servidores com comorbidades e idosos, por 15 dias – até o fim do mês.
Parque do Idoso – Suspendeu as matrículas do “Programa Conviver”, sem data para reabertura das mesmas. A volta dos serviços será anunciada quando possível.
INSS – Suspendeu a realização de perícias até o segundo semestre do ano. Apenas os atendimentos on line estão funcionando.
Tribunal Regional Eleitoral – Suspendeu os atendimentos presenciais em todas as unidades da Justiça Eleitoral, na capital e no interior, até o final do mês. Os serviços on line continuam ativos.
Universidade Estadual do Amazonas (UEA) – Suspendeu aulas e atividades administrativas serão feitas em regime de home office. Até o próximo dia 28 de janeiro.
Universidade Federal do Amazonas (Ufam) – Suspendeu as aulas e atividades administrativas por 30 dias, preventivamente.
Linha de ônibus 616 – Com a paralisação da Ufam, a suspendeu também a linha 616 que faz o trajeto Campus Ufam/ T2/ Cachoeirinha para manutenção. Não foi por Covid, mas aproveitou a lacuna. A linha voltará a operar quando houver retorno das atividades normais no Campus Universitário.
Assembleia Legislativa do Amazonas – Até o dia 30 de janeiro os servidores irão adotar regime de trabalho presencial e home office, de acordo com a definição dos diretores. Nos gabinetes, só podem trabalhar três servidores, das 9h às 14h. O plenário só volta a funcionar em 1 de fevereiro.
Câmara Municipal de Manaus – Deve adotar o regime híbrido nos trabalhos de segunda-feira (17) em diante. O Plenário poderá ser virtual e presencial, assim como os setores administrativos poderão trabalhar em home office e presencial.
Hospitais com sobrecarga – Três hospitais particulares de Manaus já informaram que estão com sobrecarga de pacientes, por conta da explosão da Covid-19. Segundo o site G1, o Hospital Adventista, comunicou que os atendimentos particulares de urgência e emergência ficarão suspensos, temporariamente, a partir desta sexta (14). O Hospital Unimed reforçou a equipe médica e uma ala foi separada para atender exclusivamente pacientes com síndromes respiratórias. O excesso de pacientes também fez triplicar o tempo de espera do atendimento de urgência e emergência da Unimed. E o Hospital Santa Júlia,tem emitido comunicados pedindo compreensão aos pacientes pela demora na fila de atendimento.
Saúde pública – Nesta sexta-feira (14) o governo do Estado e o Hoospital Universitário Getúlio Vargas (HUGV) anunciaram que irão disponibilizar mais 74 leitos – 54 clínicos e 20 de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) – para atendimento às síndromes respiratórias.