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Política - o poder exercido com justiça

Por: Antônio Queiroz

O Indivíduo e a sociedade (Política não é coisa de Idiota)

Antônio Queiroz

Nunca antes, na história deste mundo, houve tanta liberdade política e pessoal. Metade da humanidade se expressa, se organiza, vota, tem a orientação sexual de seu agrado. Logo, dessa perspectiva, a política se expandiu muito. Tanto é assim que atualmente há certa convergência de conceituação entre política e democracia. Quando os teóricos definem uma ou outra, dizem que as duas passam pela fala, pela conversa, pelo diálogo.


Elas se opõem às ditaduras porque nestas não há liberdade de expressão. Daqui a um tempo é possível que predomine a ideia de que não há política que não seja democrática e, então, talvez não se ouça mais falar em política stalinista, em política ditatorial etc.

Talvez se ache que uma “Política Ditatorial ” é uma contradição… esse é o aspecto positivo do mundo contemporâneo. Por outro lado, o negativo ou pelo menos preocupante é o desinteresse pela política em que meia humanidade está enojada pela descoberta ou pelo avanço da corrupção. Vale lembrar que, para a própria sociedade grega, nossa mãe antiga, idosa, agora um pouco desprezada, não haveria liberdade fora da política. Quer dizer, o idiota não é livre porque toma conta do próprio nariz, pois só é livre aquele que se envolve na vida pública, na vida coletiva.


A questão é que muitas vezes estamos nos esgotando da democracia antes mesmo de completá-la . Nota-se esse cansaço mundialmente. O que mais expressa tal cansaço em relação à grande política, é a política dos partidos e do governo, é a percepção da corrupção. Ou o desencanto, a perda de esperança.

Queremos viver ainda muitos anos, mas não sei se veremos o Brasil como hoje é a Espanha, por exemplo. E noto na sociedade um desânimo com a possibilidade de termos um Brasil honesto e correto. Minha dúvida quanto a esse cansaço da política é se ele pode ser superado, se é possível começar uma nova vida e fazer com que a política volte a ser (ou se torne) divertida, animada, interessante, ou se ela encerrou realmente a sua missão histórica.

O autor é acadêmico de Ciências Políticas das Faculdades Estácio


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