Este é o quinto incidente com as “terras caídas” registrado desde o início da vazante
Dois portos e uma escola também já desabaram parcialmente
Alessandra Luppo
Da redação do ÚNICO
A Defesa Civil de Urucurituba (a 218 km de Manaus, no baixo rio Amazonas) confirmou na manhã desta quinta-feira (19) a morte de um pescador de 30 anos, dentro de um flutuante que ficava às margens de um barranco. Uma parte da terra deslizou e caiu sobre o flutuante, quebrando estruturas da embarcação que desabaram sobre o jovem. A esposa e dois filhos também estavam no flutuante, mas não foram atingidos. A família precisou ser resgatada no meio do rio Amazonas, porque com a formação de ondas a partir do deslizamento de terra, a embarcação foi sendo empurrada para longe da margem.
Outros incidentes
Este é o quinto incidente registrado oficialmente como resultante das “terras caídas” durante a seca recorde que assola o Amazonas. No dia 1 de outubro a vila de Arumã, no município de Beruri (a 173 km de Manaus) foi totalmente destruída com o desbarrancamento das margens do rio Purus. Nesta ocorrência, duas pessoas morreram e três ainda estão desaparecidas.
Dois dias depois, em Iranduba, foi a vez da Escola Municipal Nossa Senhora da Conceição, na Comunidade Furo Paracuuba, (a 27 quilômetros de Manaus), desabar parcialmente. A área já havia sido interditada e não houve vítimas.
No último dia 11, parte de um porto conhecido como Porto do DNIT, em Itacoatiara (a 270 km de Manaus) caiu dentro do Rio Amazonas, também arrastado pelas terras. Não houve feridos nem desaparecidos.
Na segunda-feira passada (16), foi a vez do Porto de Manicoré (a 333 km de Manaus), onde um deslizamento de terras danificou parcialmente a estrutura do atracador. O porto foi interditado e não há registro de feridos.
