”Não faltarão recursos” , diz Alckmin sobre ajuda humanitária ao Amazonas

Vice-presidente lidera comitiva ministerial ao Estado e anuncia uma série de medidas

Estiagem histórica afeta 60 municípios e 500 mil pessoas

Valéria Costa
Correspondente

Brasília (ÚNICO) – Em entrevista coletiva na sede do governo do Amazonas, no início da tarde desta quarta-feira (4), o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, deixou claro que “não faltarão recursos” para a ajuda humanitária em todos os setores ao Estado, que atravessa uma seca histórica que já prejudica 60 municípios e 500 mil pessoas. “Quem tiver necessidade vai encaminhar as demandas pra gente liberar, dentro da lei, o mais rápido possível os recursos para atender à população”, disse ele, sobre as demandas dos prefeitos amazonenses.
Após reunião com o governador Wilson Lima (União), o prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), prefeitos dos municípios afetados, parlamentares estaduais e federais e 11 ministros que viajaram com o vice-presidente para o Amazonas, Alckmin anunciou uma série de medidas para mitigar o impacto negativo da forte estiagem na economia, no social e na saúde pública.

Veja as medidas:

Antecipação de R$ 10 milhões ao Programa de Aquisição de Alimentos;

Antecipação do pagamento do Bolsa-Família e do Benefício da Prestação Continuada (BPC) para o próximo 19 de outubro em todos os municípios afetados;

Pagamento integral de seguro aos agricultores do Pronaf que tiveram perda da produção;

Reforço do Exército no combate às queimadas e o envio de 191 brigadistas do Ministério do Meio Ambiente para ajudar na ação;

Antecipação do pagamento do Seguro-Defeso aos pescadores artesanais que recebem o auxílio;

Auxílio-abrigo para famílias afetadas com o deslizamento de terras em Beruri entre R$ 400 e R$ 800 por pessoa. O recurso vai ser transferido à prefeitura da cidade.

Enfrentamento

Durante a entrevista coletiva, Alckmin reforçou o início das obras de dragagem em 8 quilômetros do rio Solimões, entre os trechos que compreendem os municípios de Benjamin Constant e Tabatinga, que começam hoje (4) e devem terminar em até 45 dias.
Ele também adiantou que as obras de dragagem no rio Madeira, na região do Tabocal até a Foz do rio Amazonas devem começar ainda este mês. O Ministério dos Portos e Aeroportos e Dnit devem oficializar a contratação da obra dentro de 15 dias. “Também será feito uma batimetria para verificar outros locais que precisem de dragagem para facilitar a navegabilidade dos rios neste período”, acrescentou Alckmin.

Ações

Enviado pelo presidente Lula, que está se recuperando de uma cirurgia no quadril, o vice-presidente Geraldo Alckmin adiantou que os profissionais de saúde destacados dentro do programa Mais Médicos já foram liberados para o Amazonas, sendo 240 para Manaus e 540 para o Estado.
Sobre a ajuda humanitária, o vice-presidente e ministro pediu que os prefeitos das cidades afetadas encaminhem os planos de trabalho o mais rápido possível ao Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional para que os recursos sejam liberados imediatamente para a aquisição de alimentos, água, combustíveis, itens de higiene, entre outros.

Energia elétrica

Em relação ao abastecimento de energia elétrica nos municípios, Alckmin reforçou que, embora a hidrelétrica de Santo Antônio, em Rondônia, tenha sido desligada temporariamente por conta da seca, não haverá prejuízo nas cidades com a falta de energia elétrica porque o Ministério de Minas e Energia havia feito um trabalho preventivo de reserva de combustível de óleo diesel. Ele adiantou que, na noite de hoje, em Brasília, haverá uma reunião para avaliar a necessidade de contratação de térmicas para a região.


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