Multinacional Francesa queima madeira ilegal no PIM, denuncia OSCIP

Uma balsa que transportava mais de 1000 m³ de madeira ilegal foi apreendida, no início de março, pelas equipes do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (IPAAM), Batalhão Ambiental e Polícia Federal.

Uma balsa que transportava mais de 1000 m³ de madeira ilegal foi apreendida, no início de março, pelas equipes do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (IPAAM), Batalhão Ambiental e Polícia Federal. O material apreendido, com documentos divergentes sobre sua origem, seria da empresa Knauf Isopor, que produz embalagens para várias empresas do Pólo Industrial de Manaus.


Em denúncia enviada ao IPAAM e a Polícia Federal, a multinacional Francesa é acusada de queimar madeira ilegal no Pólo Industrial de Manaus (PIM). A empresa atua no Amazonas há anos e usa biomassa (lenha) como insumo de produção de vapor, queimando milhares de m³ por ano.


“Grande parte dessa madeira está sendo cortada da Amazônia de forma ilegal e maquiada por empresas de fachadas que servem apenas para “esquentar DOFs (documento de origens florestais) como o próprio IPAAM pode verificar. O porto em questão, onde a barca iria atracar para fazer o desembarque, estava inabilitado para realizar a operação”, relata o presidente do Instituto Amazônia Equatorial, Hinperion Monteiro.


Durante apreensão do material, no último dia 3 de março, foi constatado que o quantitativo de madeira era divergente do que estava na balsa, com cerca de 33.011,5877 m³ a mais. Ainda durante a operação, foi localizada uma empresa fantasma do Estado de Roraima que gera documentos de origem florestal (DOFs) falsos e vende resíduos ilegais para o Amazonas, servindo de insumo de produção para a multinacional francesa.


“Graças à denúncia anônima na época realizada pelo Instituto Equatorial da Amazônia na sua qualificação de Organização de Interesse Público Federal – OSCIP, que monitora, e denuncia o desmatamento, e conjuntamente com a apreensão da balsa conseguimos informações e comprovações do crime ambiental em questão. Fora a multa no valor de R$ 21.000,00 (vinte e um mil reais), e autuações legais, aguardaremos o que mais os representantes do governo irão fazer para impedir que esse material continue sendo queimado de forma ilegal no Estado”, disse Monteiro.


Até o momento, o IPAAM e a PF ainda não se manifestaram sobre as possíveis penalidades que a empresa deverá sofrer.


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