Evento será aberto neste sábado, na Escola de Artes Visuais do Parque Lage
Mara Kambeba, Varin Marubo e We’e’ena Tikuna foram selecionadas
Brasília (ÚNICO) – Três mulheres indígenas e artistas plásticas do Amazonas foram selecionadas para apresentar suas obras na Escola de Artes Visuais do Parque Lage (EAV), na exposição coletiva “Elas Indígenas”, aberta neste sábado (22), nas Cavalariças da EAV, reunindo 50 obras de oito mulheres de povos indígenas do norte ao sul do país.
As artistas
As artistas amazonenses selecionadas Mara Kambeba, Varin Marubo e We’e’ena Tikuna, cujas obras serão reunidas às de Ana Kariri (Paraíba), Benilda Kadiwéu e Coletivo Kadiwéu (Mato Grosso do Sul), Juliana Guarany (Rio de Janeiro), Tapixi Guajajara (Maranhão) e Vãngri Kaingáng (Rio Grande do Sul), A exposição ficará aberta até o dia 10 de setembro.
Visitação livre
A classificação é livre e a visitação pode ser feita de quinta a terça-feira, das 10h às 17h, sem agendamento prévio, na Rua Jardim Botânico, 414, na capital. A exposição não abrirá às quartas-feiras.

Protagonismo feminino
Alberto Saraiva, o curador da mostra e diretor da EAV, explicou que a escolha por mulheres e não por homens para a exposição é porque as mulheres têm tido um destaque e protagonismo muito grandes na luta pelos seus povos. “Elas foram gradativamente entrando nas universidades, na política e, também, na arte. A maioria das mulheres que estão aqui participa de movimentos de mulheres em prol dos direitos indígenas e dos direitos das mulheres na vida, na sociedade e na política”, revelou.
Marubo é doutora
Uma das artistas amazonenses, Varin Marubo, por exemplo, é doutora em antropologia e trabalha com a Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), uma organização não governamental (ONG) que acompanha os povos indígenas na região do Alto Rio Negro.

Grafismos
“A gente escolheu apresentar justamente os grafismos dos seus referidos povos, porque esses grafismos já existiam no Brasil como a arte desses povos. E hoje, através dessa exposição, a gente abre uma porta para que esses grafismos artísticos sejam inseridos na história da arte brasileira. Porque isso não aconteceu ainda, de forma clara. É preciso fazer um esforço nesse sentido”, disse o curador à Agência Brasil.
Com informações da Agência Brasil