Proprietários da Lotus Corporate ostentavam nas redes sociais com o dinheiro dos clientes (ver vídeo)
A ação tramita na 2ª Vara Federal no Amazonas
O Ministério Público Federal do Amazonas denunciou formalmente oito supostos empresários que enganavam funcionários públicos aplicando golpes de pirâmide financeira nos estados do Amazonas, Pará, Rio Grande do Norte e Roraima. O caso se refere aos dois jovens Jorge Luiz Guimarães de Araújo Dias e Farley Felipe de Araújo da Silva que comandavam o esquema e ostentavam em suas redes sociais os milhões que ganhavam e gastavam em carros, viagens internacionais, joias caras e baladas em todo o país. O MPF não divulgou o nome dos demais denunciados.
O esquema
Segundo o MPF, eles utilizavam um grupo de empresas, que incluía Amazon Bank, Group Lotus Corporate Ltda e Lotus Business Center Promoção de Vendas Ltda, para fazer a assessoria de investimentos fraudulentos, levando pessoas a prejuízos financeiros. Além dos investimentos, também ofereciam serviços como abertura de conta on-line, serviços de cartão de crédito e seguros.
A empresa Lotus Corporate, de propriedade de Farley e Jorge Luiz, estimulava os servidores públicos a pedir empréstimos de alto valor em seus bancos, para investir na empresa deles. Eles diziam que os clientes iriam receber juros altos e o pagamento das parcelas dos empréstimos, mas em poucos meses deixavam de pagar os investidores e também as parcelas, deixando os clientes sem nada.
Atividades sem autorização
Entre as atividades anunciadas pelo grupo estavam investimentos em criptomoedas, Forex (Foreign Exchange Market), opções binárias (IQ Option) ou via HFT (High Frequency Trade) ou ainda que os valores recebidos seriam reemprestados para associações de servidores, tudo isso por meio do Amazon Bank. O mercado Forex que eles anunciavam não tem autorização de funcionamento no Brasil. A plataforma IQ Option, que trabalha com Forex, CFD e opções binárias, também já foi proibida de operar no Brasil pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Os crimes
Na ação penal apresentada pelo Gaeco, o MPF pede a condenação dos acusados pelos crimes de operação de instituição financeira sem autorização, oferecimento de valores mobiliários sem autorização da CVM, gestão fraudulenta de instituição financeira , ganhos ilícitos por meio de processos fraudulentos, exercício de assessoria de investimento não autorizada e organização criminosa.
Ostentação
Os cabeças do esquema – Farley e Jorge – ostentavam nas redes sociais fotos e vídeos de suas viagens internacionais, baladas, carros, joias e imóveis de luxo e outros gastos. Veja o vídeo em que usam notas de 100 reais como celulares, durante uma balada:
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