Militares de Manaus facilitavam invasão aos Yanomami, afirma jornal

Folha de S. Paulo divulgou relatório da Funai com depoimentos

Eles receberiam propina para avisar de operações de retirada de garimpeiros

Brasília (ÚNICO) – Dois relatórios preliminares de inteligência da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) feitos em 2019 – e divulgados nesta quinta-feira (26) pela Folha de S.Paulo – revelam que militares do 7º Batalhão de Infantaria da Selva (BIS), do Exército, localizado em Roraima, estavam em um grupo de Whatsapp com garimpeiros para avisar sobre ações que seriam desencadeadas na região Yanomami.
Segundo a Folha, relatos de indígenas e garimpeiros listam nomes, patentes e até o número de telefone celular dos militares que recebiam propina para avisar sobre as ações na região.
Em um dos depoimentos, que segundo o documento é de uma fonte com confiança —mas que não teve seu nome publicado por motivos de segurança—, o dono de uma declaração diz que seu chefe, um proprietário de terras da região, recebeu uma foto do trem militar ainda saindo de Manaus (AM) em direção a Roraima para ajudar nas operações.
“[Meu chefe] possui diversos militares comprados que trabalham como informantes”, diz a pessoa no depoimento, que relata ainda que o patrão teria em sua folha de pagamento inclusive um terceiro sargento do Exército. “[Eles] permanecem passando informações das operações para ele, oriundas de Manaus”.
A Folha questionou o comando do Exército sobre a denúncia e recebeu como resposta que “tal demanda não lhe compete”.


Um comentário

  1. Bom dia senhores.
    Tenho lido , ouvido e acompanhado via TV as informações relacionadas aos índios. Causa-me espécie o fato do que essa matéria não é nova e todos nós brasileiros alfabetizados sabemos disso.
    Nós anos 80 já acompanhavamos essa questão Indio/garimpeiro.
    Só menciono dos anos 80 por que eu estava de passagem por Boa Vista e acompanhei pela TV uma operação da Polícia junto com aeronáutica fechando o garimpo, prendendo aeronaves e tudo está registrado nos arquivos dos jornais e tv’s. da época.
    Não quero desmerecer a importância da operação hoje desencadeada tão necessária porém sejamos justos, quando forem fazer uma reportagem pesquisem e sejam imparciais como todo jornalista deve ser, atenham se aos fatos sem partidárimos pois já bastam os fatos reais diários para nos deprimir.
    Meus votos de um jornalismo imparcial e comprometido com a verdade.

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