Marinha diz que o nível dos rios está abaixo da média histórica, mas ainda dentro da normalidade

Deputado Dan Câmara abriu espaço na sessão para discutir situação dos rios da região

Há reclamações contra proibição da navegação noturna em algumas áreas

Nesta terça-feira (12) na Assembleia Legislativa, aconteceu uma cessão de tempo do deputado Comandante Dan (Podemos) para a Marinha do Brasil, para explanações sobre a portaria 158 de 2023, que proíbe a navegação noturna em determinados trechos de rios do Amazonas. A proibição causou polêmica e uma grita geral, inclusive com pedidos de revogação da norma.
O Comandante da Capitania dos Portos da Amazônia Ocidental, Capitão de Mar e Guerra Jorge de Oliveira Antunes Júnior, disse que ““estranhou a repercussão negativa alcançada em 2023, já que ela traz praticamente o mesmo texto legal de 2022”. Ele esclareceu que a portaria foi elaborada a partir de estudos técnicos e inclui somente os pontos críticos que, em havendo um acidente, podem impedir a trafegabilidade dos rios e causar outros prejuízos, inclusive ambientais.
O vice-almirante Thadeu Marcos Orosco Coelho Lobo, comandante do Nono Distrito Naval, também participou da audiência.

Portaria limita navegação

A Portaria 158/ CFAOC, de 18 de agosto deste ano, restringe a navegação fluvial ao período diurno no “Rio Amazonas, na Passagem do Tabocal e Enseada (foz) do Rio Madeira, e no Rio Solimões, na Enseada (foz) do rio Purus” observando “quando a profundidade local, em metros, atinja o valor menor ou igual a 1,5 vezes o calado do navio” (aspas do texto legal). O dispositivo recomenda ainda que a navegação seja realizada com a mínima velocidade que garanta manobrabilidade à embarcação.
O deputado Dan Câmara afirmou que não tem dúvida da competência da autoridade marítima para estabelecer a proibição e que ela é feita “resguardando a segurança dos cidadãos e a segurança ambiental do Amazonas”.
O parlamentar lembrou que, simultaneamente à cessão de tempo no Legislativo, o governador Wilson Lima também lançava um plano emergencial para a estiagem: “a situação é grave; estranhei que as autoridades estaduais de segurança não tenham chamado, no dia seguinte à publicação da portaria da Marinha, uma reunião de alinhamento para planejar procedimentos e rotinas, inclusive quanto ao combate à pirataria, já que as embarcações precisam reduzir a velocidade em determinados trechos”, apontou.


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