Qualidade do ar continua “péssima”; barco fica à deriva na fumaça (ver vídeo)
Pneumologistas lançam nota técnica sobre os perigos para a saúde
Fábio Rodrigues
Da redação do ÚNICO
Manaus completa nesta sexta-feira (13) o terceiro dia sob a classificação de qualidade de ar “péssima” em todas as sua zona urbana, conforme atesta o aplicativo Selva, desenvolvido pela UEA para monitorar a poluição em toda a Amazônia Legal. Os índices registram o dobro do mínimo considerado “péssimo”, que é de 125 micropartículas 2,5.
Veja o mapa atualizado do sistema Selva:

Barco se perde no meio da fumaça
Vídeo que circula nas redes sociais, mostra a intensidade da fumaça que ainda toma conta de Manaus. A pessoa que grava narra a cena explicando que o comandante não consegue ver a margem do rio e, portanto, desliga o barco e fica à deriva, esperando a redução do fumaceiro para poder aportar do outro lado do rio.
Confira o vídeo:
Nota Técnica
A Associação Amazonense de Pneumologia e Cirurgia Torácica emitiu uma Nota Técnica detalhando às autoridades e à sociedade, os efeitos da fumaça no organismo humano, as medidas de proteção que devem ser adotadas individual e coletivamente, para reduzir o impacto da fumaceira nos pulmões.
Os pneumologistas apontam, por exemplo, “Os efeitos a curto prazo da exposição variam desde irritação nos olhos e no trato respiratório até efeitos mais graves, incluindo redução da função pulmonar, inflamação pulmonar, bronquite, exacerbação de asma e de outras doenças pulmonares, exacerbação de doenças cardiovasculares, como insuficiência cardíaca, e até mesmo morte prematura”.
Recomendações
Entre outras coisas, a Nota Técnica aponta como recomendações estabelecer um monitoramento em tempo real de qualidade do ar e focos de incêndio pelos órgãos competentes; organizar um protocolo de ações e também um plano de comunicação eficiente para a população, que inclua detalhes sobre quem deve receber informações específicas, quando essas informações devem ser entregues e quais canais de comunicação usar para entregar essas
informações.
Um plano de comunicação eficaz antecipa quais informações precisarão ser comunicadas a segmentos de público específicos, como escolas ou abrigos de idosos.
O alerta pode permitir que a população se adeque para ter um ambiente mais protegido em casa ou ainda para que a população de maior risco se planeje para estar fora da área afetada no período critico.
Confira a nota técnica na íntegra