”É a Amazônia falando para o mundo”, disse o presidente
Países com florestas tropicais firmaram aliança
Sônia Gouvêa, de Belém (PA)
Especial para o ÚNICO
Belém (ÚNICO) – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) encerrou a Cúpula da Amazônia em Belém (PA), nesta quarta (9), cobrando a ajuda financeira prometida pelos países ricos para auxiliar na preservação da Floresta Amazônica. “Os países desenvolvidos precisam colocar dinheiro nas ações de preservação ambiental, não só na copa das árvores, mas também dos povos que habitam nas florestas”, afirmou o petista.
“Não é o Brasil [a Colômbia ou a Venezuela] que precisa de dinheiro, é a natureza. O que o desenvolvimento industrial [dos países ricos], ao longo de 200 anos, poluiu, está precisando que pague a sua parte agora, para a gente recompor parte do que foi estragado”, enfatizou novamente em declaração para a imprensa. “Este encontro é a Amazônia falando para o mundo, dando resposta do que nós precisamos”, resumiu.
Aliança por florestas tropicais
Um dos resultados da Cúpula foi um entendimento de cooperação entre Indonésia, Congo e a Pan-Amazônia (Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela), para cooperação na agenda ambiental e a proteção de florestas tropicais. São Vicente e Granadinas também se juntou ao documento, intitulado “Unidos por nossas Florestas: Comunicado Conjunto dos Países Florestais em Desenvolvimento em Belém”.
Reclamações
Duas foram as reclamações principais dos críticos da Cúpula da Amazônia: a falta de consenso ou posicionamento em torno da exploração do petróleo na região Amazônica e, também, a ausência de um acordo em torno de uma meta conjunta de zerar o desmatamento na reunião. A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, disse que, mesmo que a meta de desmatamento zero até 2030 não esteja na Declaração de Belém, o Brasil já firmou compromisso nesse sentido.