Funai parece estar perdida no mato sem cachorro, disse líder Hixkaryana
Sem luz, saúde, escola e barco para transportar sua produção de castanha até a cidade de Nhamundá e Parintins, o chefe Manoel Kayuana hixkaryana reuniu 10 lideranças de aldeias diferentes e resolveu subir o rio deslocando-se por mais de 4 dias do Alto Rio Nhamundá, da fronteira do Pará com destino a Manaus, para discutir junto à Administração da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) ajuda às comunidades hixkaryana.
A Funai Manaus, assim como a Suframa e mais de 50 cargos do governo federal no Amazonas até hoje (27/3) estão por ser nomeados para as devidas funções diretivas.
Manoel Kayuana, autoridade dos hixkaryana disse, que veio a Manaus para conversar com a Funai, governo e os Políticos do Amazonas para resolver os problemas deles. A Funai de Manaus ouviu as lideranças mas, como se sabe, está imobilizada para operar parece até “que está perdida no mato sem cachorro”, foi o que declarou uma das lideranças indígenas.
Na capital do Amazonas, Manaus, João Gomes e demais técnicos da Funai acolheram os hixkaryana e ouviram seus protestos e reivindicações quanto às suas demandas, em particular, sobre a homologação do território Kaxuyana/Tunayana, deixando o povo em situação de total insegurança, considerando que as terras em questão são cobiçadas pelas grandes mineradoras que estão em seu entorno.
É um grande desafio para o governo Lula, a depender da Funai perdida nos labirintos da política de Brasília, como poderá então servir com respeito, competência e dignidade junto aos povos indígena sem os meios necessários para operar, principalmente, se tratando da questão orçamentária que “fica tudo no saco de Brasília, longe da gente aqui” e também não esquecer da contratação de novos servidores qualificados para orientar os programas e projetos de sustentabilidade junto às comunidades indígenas.