Wilson Lima entregou documento à empresa Potássio do Brasil
Previsão é de geração de 17 mil empregos no auge da operação
O governador Wilson Lima entregou a primeira licença ambiental para instalação do Projeto Potássio Autazes (a 113 Km de Manaus). Com isso, o Governo do Amazonas destrava um processo que estava em andamento há 15 anos.
Segundo a empresa Potássio do Brasil, na fase de instalação da atividade, devem ser gerados de forma direta 2,6 mil postos de trabalho e na fase de operação da mina de silvinita, que será a maior do país, serão mais de 17 mil empregos diretos e indiretos.
Qualidade de vida
“A implantação de uma atividade como essa gera indicadores sociais, qualidade de vida para os indígenas, oportunidade de trabalho, de emprego, de renda, avanço no saneamento, no abastecimento de água, asfaltamento de ramais, educação, saúde, enfim, aquilo que é importante para que se possa ter um lugar melhor para se viver“, destacou Wilson Lima, em evento na sede do Governo do Estado.
Povo Mura
O governador também destacou a importância do empreendimento para o povo Mura, que vive na região e terá as terras indígenas preservadas, além de serem beneficiados com o crescimento socioeconômico local. Ele reforçou, ainda, o compromisso do Estado em fiscalizar e cobrar que a empresa Potássio do Brasil cumpra todos os requisitos ambientais necessários para a atividade.
Fertilizantes
O potássio é matéria-prima para a produção de fertilizantes e, com produção realizada no Amazonas, passará a ser a maior do país, atendendo 20% da demanda nacional e reduzindo a importação do minério.
Em um vídeo enviado ao governador, o diretor-presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Raul Jungmann, lembrou que 95% do potássio usado no Brasil vem do exterior e ressaltou que a produção brasileira será fundamental para fortalecer a segurança alimentar mundial.
“O setor agrícola do Brasil alimenta, aproximadamente, 1 bilhão de habitantes na face da terra. Isso quer dizer que nós vamos reduzir a nossa dependência externa desse mineral que é decisivo para a nossa produção”, afirmou Jungmann, que enviou o diretor de Relações do Ibram, Alexandre Valadares, para representá-lo no evento.
Investimentos
Segundo a empresa Potássio do Brasil, os investimentos previstos são de US$ 2,5 bilhões (R$ 13 bilhões, aproximadamente, dos quais R$ 1 bilhão já investido). Apenas na fase de construção da planta fabril, autorizada no evento desta segunda-feira, a previsão é gerar 2,6 mil empregos diretos em 4 anos e meio. Já na fase de operação, além dos 1,3 mil empregos diretos, devem ser gerados outros 16 mil indiretos. O uso de mão de obra local será de até 80%.
Cuidado ambiental
O presidente da Potássio do Brasil, Adriano Espeschit, afirmou que a operação da mina de silvinita será cercada de cuidados ambientais, “uma das mais verdes do mundo”. “Hoje a gente pode dizer que o Amazonas tem um projeto de mineração sustentável”, assegurou.
Presenças
Também estiveram presentes no evento o vice-governador Tadeu de Souza; os deputados estaduais Sinésio Campos, Alessandra Campelo, Abdala Fraxe, Adjuto Afonso, João Luís; o deputado federal Silas Câmara; o presidente da Associação Amazonense de Municípios e prefeito de Rio Preto da Eva, Anderson Souza; o prefeito de Autazes, Andreson Cavalcante; o prefeito de Humaitá, Dedei Lobo; secretários de Estado, como o de Energia, Mineração e Gás, Ronney Peixoto; e representantes dos setores comercial e da etnia indígena Mura, povo que foi consultado e aprovou o projeto.
“Nosso povo vem de muitas lutas e muita raça. Agora, estamos aqui diante desse momento histórico. Esse empreendimento vem para nos beneficiar e era esperado há muitos anos. Seguimos todos os protocolos, cumprimos todas as regras e daqui para frente só espero muito sucesso para o nosso povo indígena”, disse o coordenador do Conselho Indígena Mura, Kleber Mura.