Inpa vai lançar “cápsulas funcionais” que deve revolucionar o tratamento da diabetes e de câncer

🚨 Medicamento salvou muitos diabéticos de amputações

🚨 Novo produto será usado no tratamento do câncer

🚨 Gengibre é a base das cápsulas que vão estar breve no mercado

Os pacientes de doenças crônicas como diabetes e câncer, vão ganhar até o final desse ano um importante aliado no tratamento de úlceras causadas pelas enfermidades . “As cápsulas funcionais” a base de gengibre amargo e açafrão (Zungiber zerumbe), desenvolvido pelo Doutor em Biotecnologia Aplicada a Medicina, o amazonense Carlos Cleomir de Souza Pinheiro, do Instituto Nacional de Pesquisas do Amazonas (Inpa). O medicamento foi testado com sucesso em pacientes.

O pesquisador Carlos Cleomir, explica que, as “cápsulas funcionais” devem ser lançadas no mercado até o final de 2020 juntamente com o higrogel, produto também a base de açafrão e gengibre fruto de uma pesquisa de mais de 30 anos, que já teve a sua eficácia comprovada no tratamento da diabetes evitando inúmeras amputações de pessoas portadoras da diabetes.

Uso no tratamento do câncer

“Temos alguns resultados que ainda não podemos divulgar em relação a essas “cápsulas funcionais”, em milhares de pacientes no Brasil e no mundo que estão ajudando essas pessoas em vários tipos de doenças. Essas cápsulas tem múltiplas funções elas melhoram o sistema cardiovascular, é anti-inflamatória, melhora a imunidade, atua no tratamento da diabetes, além de várias atividades citotóxicas para vários tipos de cânceres”, informa o pesquisador.

Carlos Cleomir acredita que a burocracia que dificultava o registro dos medicamentos na Agência Nacional de Vigilância Sanitárias (Anvisa), tende a ser menos longa, facilitando o lançamento do produto no mercado farmacêutico.

“Com certeza com essa nova direção da Anvisa, acredito que eles vão dar prioridade a esses produtos e nós, poderemos ainda esse ano, estar com o medicamento no mercado. Está tudo pronto, a empresa está trabalhando frente a regularização na Anvisa pra poder disponibilizar o produto”, disse.

Pesquisador alerta sobre internet

O pesquisador, alerta para os cuidados que a população deve ter com muitos produtos oferecidos na internet, mas que não tem comprovação científica.

“Muitos produtos que estão na internet não tem base científica e precisam de estudos. O nosso projeto é único no Brasil e no mundo. Vai desde o cultivo das espécies até o produto e com bases cientificas. Hoje estamos com base cientifica muito boa e ele pode ser consumido sem problemas. Temos uma parceria com uma empresa que vai lançar o produto no mercado”, explicou.

Pode enfrentar o Coronavírus

Sobre o medo do mundo em relação a uma epidemia do Coronavírus, Carlos Cleomir disse que as cápsulas funcionais, poderiam ajudar no combate a esse vírus.

“Esse vírus está assustando o mundo e as pessoas devem se conscientizar que é uma doença séria, contagiosa. O trabalho que a gente está desenvolvendo, poderia com essas cápsulas funcionais,ajudar, pois essa medicação melhora o sistema imunológico e tem atividades antivirais. Infelizmente ainda não está no mercado”, explicou.

Espécies de gengibres

Carlos Cleomir que tem 46 anos de trabalho no Inpa, conta que existem 161 espécies de gengibres e a mangarataia era o tipo mais conhecido.

“Só conhecíamos a mangarataia e essa cúrcuma é semelhante ao açafrão da mesma espécie. Em breve vai sair uma reportagem da CNN na nossa unidade de pesquisa no ramal do Pau Rosa. Temos uma planta piloto em dois hectares para atender a demanda da pesquisa”, explicou.

O pesquisador disse que existe um acordo de cooperação técnica com a Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e no futuro o trabalho deve ser implantado no Hospital Adriano Jorge.

“Existe uma cooperação técnica entre o Inpa e a UEA para ampliar uma fase maior do estudo clínico. Estamos na fase 3 com outros grupos de São Paulo e aqui teremos uma outra fase com um número maior de pacientes”, disse. “A nossa pesquisa está voltada para uma qualidade de vida melhor desses pacientes que sofrem com essa doença (câncer). Ficamos até comovidos em não poder atender nesse período tantas pessoas que precisam desse tipo de medicação, mas é preciso um pouco de paciência. Acredito que em breve vamos poder usar”, disse.