“Influencers” de Manaus são indiciados por aplicar golpes de rifas

Oito pessoas estão envolvidas em esquema que manipulava resultados e enganava os seguidores

Crimes incluem tráfico de drogas, porte de armas, estelionato, etc

Alessandra Lippo
Da redação do ÚNICO

A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) divulgou nesta terça-feira (29) que concluiu o Inquérito Policial (IP) que investigou supostos “influencers digitais” que aproveitavam suas contas em redes sociais para vender rifas e manipular os resultados sorteando pessoas que eles mesmos indicavam. A quadrilha era composta por Aynara Ramilly, Enzo Felipe da Silva Oliveira, conhecido como “Mano Queixo”; Isabelly Aurora Simplício Souza, a mãe dela Isabela Simplício e o ex-marido Paulo Victor Monteiro Bastos, e João Lucas da Silva Alves, conhecido como “Lucas Picolé”

Indiciamento por tráfico

Além dos crimes cibernéticos, “Lucas Picolé” e “Mano Queixo” foram indiciados por tráfico de drogas, associação para o tráfico de drogas, posse irregular de munição de uso restrito e adulteração de sinal identificador de veículo automotor. O Inquérito Policial foi finalizado e remetido à Justiça.

Para entender o caso

O delegado Cícero Túlio informou que as investigações começaram no início deste ano, quando surgiram as primeiras denúncias de rifas clandestinas via perfis nas redes sociais. Durante análise nos equipamentos eletrônicos dos envolvidos – apreendidos ao longo da investigação – a polícia constatou que não apenas manipulam a escolha dos ganhadores dos sorteios, mas também tinham esquema para lavar o dinheiro obtido com a venda das rifas falsas.

“Queixo” e “Picolé” em moto que eles sorteavam para pessoas que iriam devolver o veículo para eles (Foto: Reprodução/redes sociais)

Veículos de luxo

“Outro integrante do grupo criminoso, identificado como Marcos Vinicius Alves Maquiné, também foi indiciado após se apresentar à polícia e confidenciar que cerca de um milhão de reais teria passado por sua conta no esquema de lavagem de dinheiro, tendo ainda viabilizado a compra de um veículo Toyota Hillux, apreendido durante a segunda fase da Operação Dracma”, disse o delegado Cícero Túlio.

A gerente

Ainda segundo o delegado, a cunhada de “Lucas Picolé”, identificada como Flávia Ketlen Matos da Silva, 34, presa na primeira fase da Operação Dracma, era responsável por gerenciar a lavagem do dinheiro e escoar os recursos oriundos das rifas do cunhado, dissimulando todo dinheiro na manutenção de uma loja de roupas falsificadas.

Apreensões

Durante as ações policiais foram apreendidos mais de uma tonelada de produtos de vestuário falsificados e dez veículos, incluindo uma motocicleta adulterada. Também foram apreendidas 175 unidades de drogas sintéticas (LSD) e munições de fuzil.

Crimes

Os indiciados responderão pelos crimes de associação criminosa, estelionato, lavagem de dinheiro, fraude no comércio, promoção de jogos de azar, sonegação tributária, crimes contra as relações de consumo, publicidade enganosa, receptação qualificada, fraude processual e apologia ao crime.


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