Ademir Ramos
Na lógica da exploração e da rapinagem, parlamentares e governantes irresponsáveis promovem uma política “de quanto pior melhor”.
A seca dos rios articuladas com as queimadas das florestas é uma oportunidade singular para os “os políticos messiânicos” assaltarem o orçamento público por meio de compra direta e se firmarem nas mídias sociais como salvador da pátria.
Prefeitos e governantes correm a Brasília reivindicando milhões e milhões para suprir a necessidade dos cidadãos desassistidos sem água e sem peixe e agora fisgado pela boca por políticos profissionais que lucram com a miséria da nossa gente.
A seca apocalíptica é manifestação de toda desgraça anunciada como se fosse uma praga que se traduz nas queimadas, mineração, devastação, a expansão da cana-de- açúcar, dos sojeiros e pastagem na Amazônia.
O fato é que a desgraça da seca às véspera das eleições municipais é um grande negócio para esses profissionais que transformaram a política numa indústria produtora de miseráveis e famintos cumpliciados com bandidos que precisam do voto para continuar surrupiando o erário.
Depois de 30 anos da Eco-92 pergunta-se o que essas figuras asquerosas fizeram para trabalhar uma Agenda Pró-ambiental e sustentável em defesa do bem viver das comunidades amazônicas. E ainda aprecem dizendo que com pobreza não se faz meio ambiente e partem para cima das agencias financiadoras ameaçando botar foco na floresta.
O mesmo circo está sendo armado para Cop 30, em Belém do Pará. É claro que os agentes públicos e privados são responsáveis. Mas, os partidos políticos, a imprensa, os movimentos sociais, estudantis, os profissionais liberais, universidades se continuarem indiferentes aos fatos serão também acusados por omissão e cumplicidade pelo crime das mudanças climáticas, ferindo de morte a vida no planeta a consumir a própria humanidade.