O filme narra à trajetória do ritmo alegre e dançante nas rádios manauaras
Exibição vai acontecer sexta-feira (24) no Centro de Convivência da Família Magdalena Arce Daou, na Avenida Brasil, Santo Antônio
Alessandra Luppi, para o ÚNICO
Um ritmo que alguns conhecem e curtem mas muita gente desconhece é o chamado Beiradão, que já fez muito sucesso nas rádios de Manaus e alegrou muitos festejos no interior. Na década de 70 as rádios Rio Mar e Difusora abriram espaços generosos para esse ritmo que virou tema de filme.
O filme que trata dessa história, “O áureo da música do beiradão nas rádios manauaras (Difusora e Rio Mar) na década de 80” será exibido, gratuitamente, no Centro de Convivência da Família Magdalena Arce Daou, às 16h desta sexta-feira (24).
Ritmo popular
Numa projeção de 55 minutos, o filme conta a história do som do beiradão, uma batida alegre que se tornou tão popular quanto o rock na região e ainda toca em todo o interior do Amazonas. As composições apresentam como base o intenso saxofone e a vibrante guitarra, que unidos a letras alegres convidam o povo para dançar, levantando muita poeira durante as festas em comunidades, onde o salão é um espaço aberto de terra batida.
A narrativa conta o surgimento, a evolução e o auge da música do beiradão a partir de entrevistas com representantes do ritmo como Teixeira de Manaus, Oseas da Guitarra, Magalhães da Guitarra, Chiquinho David, Chico Cajú e mestre Pinduca.
O diretor do filme, o cineasta Paulo Moura, conta que o longa-metragem nasceu do desejo de registrar, através do audiovisual, uma cultura vibrante que passou por um longo processo de maturação, atingindo o ápice a partir do momento que deixou de ser ouvida apenas nos recantos longínquos da floresta e passou a ser apreciada também pela população da capital.
“Quero atingir o maior número possível de pessoas com essa amostra, por isso ela é gratuita. Essa foi a maneira que encontramos de democratizar o acesso à cultura, dando a oportunidade de gente que mora na periferia de assistir a história da nossa cultura em telão”, explica Paulolo Moura.
Crislânia Moura, que é a produtora, disse estar feliz com a amostra, principalmente, por saber que irá alcançar muitas pessoas. “Estou animada com o que estamos fazendo e poder passar isso para outras pessoas é melhor ainda. A história desse ritmo não pode ser esquecida, deve ser transmitida de geração pra geração”, finalizou.