Fumaceiro descontrolado transforma Manaus em uma “cidade feia”

Internautas protestam em todas as redes sociais

Capital amazonense está entre as três piores do mundo em qualidade do ar

Juscelino Taketomi
Para o ÚNICO

Com seus prédios encobertos pela fumaça na manhã desta quarta-feira (11), a cidade de Manaus continua a pontificar no ranking negativo das três piores cidades do mundo em qualidade do ar, fazendo jus ao diagnóstico do indicador do projeto chinês World Air Quality Index, da Agência Mundial de Proteção Ambiental. Como disse um internauta pelo aplicativo Whatsapp: “O fumaceiro está descontrolado, na verdade, em toda a Região Metropolitana de Manaus, as doenças respiratórias se agravam, os hospitais estão superlotados de pessoas com problemas respiratórios”, escreveu uma moradora do Parque Dez de Novembro.

Sessão legislativa

Na sessão plenária desta quarta da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), o deputado estadual Carlinhos Bessa pediu que o Estado, com seus órgãos de controle, “puna os responsáveis pelo fumaceiro que castiga Manaus”. Conforme ele, o Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) precisa identificar e punir os criminosos que tocam fogo nas matas da RMM e produzem as cortinas de fumaça que transformou Manau em uma “cidade feia”.

Índice perigoso

De acordo com o World Air Quality Index, o ar de Manaus possui o Índice de Qualidade do Ar (IQA) 575, perigoso para a saúde humana, ficando atrás de cidades como de Saltillo, no México, com 885 e Mumbai, na Índia, com 577. Com base nesse índice, especialistas advertem a população para a necessidade do uso de máscaras como forma de prevenção, já que a exposição aberta ao fumaceiro pode resultar em casos preocupantes de doenças pulmonares.

Para os especialistas, crianças, idosos e pessoas com problemas envolvendo asma e anomalias cardiovasculares são as que mais padecem com o fumaceiro que atormenta Manaus há dois meses em consequência de desmatamento e queimadas ocorridas na RMM e na região sul do Estado. Os bairros Cachoeirinha, na Zona Sul, Chapada (Zona Centro-Sul), Crespo e o Centro Histórico da capital são as áreas mais afetadas pelo fumaceiro.


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