FesPIM: Gestor do CBA defende fortalecimento das cadeias produtivas na Amazônia

Centro de Bioeconomia apresentou pesquisa sobre fibra do cuarauá

Administrador aponta a “economia circular” como alternativa ao desperdício

O diretor do novo Centro de Bionegócios da Amazônia (CBA), Elias Moraes de Araújo, destacou em sua palestra na Feira de Sustentabilidade do Polo Industrial de Manaus (FesPIM 2023), que o sucesso da bioeconomia na Amazônia passa diretamente pelo fortalecimento das cadeias produtivas, pela geração de valor agregado aos insumos e a consequente integração entre Institutos de Pesquisa, Poder Público e iniciativa privada.

“Todos nós somos conhecedores da amplitude da Amazônia, mas precisamos buscar iniciativas que possam contribuir com o fortalecimento das cadeias produtivas, incentivando a geração de valor agregado aos nossos insumos amazônicos, pois há muito desperdício”, afirmou Elias.

Economia circular

Ao defender a adoção da economia circular como alternativa ao desperdício e à geração de valor agregado aos insumos amazônicos, Elias destacou como exemplo uma das principais pesquisas desenvolvidas pelo Centro de Bionegócios da Amazônia, o projeto curauá (Ananas erectifolius).

“O curauá é da mesma família do abacaxi, fruto que desperdiçamos mais de 15 toneladas. Das folhas do curauá nós conseguimos extrair uma fibra tão resistente que pode ser usada na substituição parcial da fibra de vidro, podendo ser utilizada pela indústria como uma inovação no processo de produção de carenagem de aparelhos celulares, na indústria automotiva e também na produção têxtil”, destacou Elias ao exibir para o público presente, amostras das fibras de curauá, peças plásticas já produzidas a partir da pesquisa e mudas da planta in vitro.

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