Em Manaus, Bolsonaro volta a atacar ministro do Supremo Tribunal Federal

Presidente participou de motociata e evento religioso quando discursou contra o Judiciário

Ele atacou também ministro que analisa ações em defesa da Zona Franca de Manaus

O presidente Jair Bolsonaro (PL) aproveitou sua passagem por Manaus neste sábado (18), onde participou de uma motociata e um evento evangélico, para fazer uma nova ofensiva contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ele fez críticas e usou ironias contra os ministros Rosa Weber, Edson Fachin, Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes. Além disso, garantiu que vai insistir em defender junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a segurança das urnas eletrônicas.
Sobre a ministra Rosa Weber, que era presidente do TSE em 2018, quando ele foi eleito, Bolsonaro disse que ela só aceitou investigar denúncia de “fraude” nas eleições porque queria retirá-lo do cargo.
Contra Fachin, que é o atual presidente do TSE, o presidente apontou que o magistrado teria “garantido a liberdade” do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT-SP) e os direitos políticos para que o petista voltasse a ser elegível.

No Supremo

No caso de Barroso, Bolsonaro tentou culpar o ministro pela decisão da Câmara que enterrou a chamada proposta de Emenda à Constituição (PEC) do Voto Impresso, que determinava a impressão de “cédulas físicas conferíveis pelo eleitor”. O presidente argumentou que a proposta perdeu força porque Barroso usou seu “charme” durante as negociações.
Por fim, o presidente da República voltou a acusar o ministro Alexandre de Moraes, do STF, de não cumprir um suposto “acordo” que enterraria o inquérito sobre atos antidemocráticos, que tem como alvos aliados do governo federal.

Zona Franca

No caso de Moraes, Bolsonaro tem ainda a Zona Franca de Manaus e a disputa judicial pelo Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), que está nas mãos do ministro. Alexandre de Moraes já garantiu uma vitória – parcial e temporária – para a Zona Franca de Manaus, suspendendo a redução do IPI para produtos fabricados em outras partes do país iguais aos que são fabricados na ZFM e exigindo a formatação de uma lista sobre o que é fabricado no Polo Industrial de Manaus para ser comparado com o que é fabricado no restante do país. O processo ainda está tramitando no STF.


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