A Economia Solidária surge para contrapor a economia capitalista tradicional e representa uma alternativa de geração de trabalho e renda que tem como foco as populações mais vulneráveis, uma vez que, favorece a inclusão social.
A Economia Solidária pode ser definida como sendo um conjunto de atividades econômicas de produção, distribuição, consumo, poupança e crédito, organizados sob a forma de autogestão.
De acordo com a (NuMIEcoSol), o movimento à nível nacional teve início em 2003 em Porto Alegre, a partir da realização do Fórum Social Mundial. Posteriormente, tivemos a criação dos Fóruns Municipais, Estaduais, Regionais e o Brasileiro de Economia Solidária. Também fazem parte deste movimento os Centros Públicos de Referência em Economia Solidária, as Associações e Instituições de Fomento bem como as Rede de Incubadoras Universitárias de Cooperativas Populares (Rede Universitária de ITCPse Unitrabalho).
O pai do movimento e da Economia Solidária no Brasil é o economista, administrador, professor, escritor brasileiro e doutor em sociologia, Paul Singer.
Paul Singer, ao longo de suas obras defendeu a Economia Solidária como modelo produtivo tendo como base o associativismo, a solidariedade e a igualdade. Prevalecendo, dessa forma, o modo de produção baseado na propriedade coletiva ou associada do capital e o direito à liberdade individual (2002).
Na década de 1980, a Economia Solidária tinha como principal objetivo o combate à fome, a miséria e o desemprego que assolavam a “década perdida”. Posteriormente e atualmente, o maior propósito é de fomentar a inclusão social e apoiar empreendimentos que contribuam para o desenvolvimento local endógeno.
A ES é pautada nos princípios da autogestão, da democracia, da solidariedade, da cooperação, do respeito à natureza, da valorização do capital humano, do comércio justo e do consumo solidário e baseia-se na articulação de três tipos de economia: a economia mercantil, a economia não mercantil e a economia não monetária.
Num país com elevados indicadores de vulnerabilidade social e econômica e com milhões de trabalhadores desempregados e sem oportunidade de reingressar no competitivo mercado de trabalho, a Economia Solidária surge como uma alternativa ao modelo vigente e possibilita a inclusão social através de uma corrente que atende a todos os elos da cadeia produtiva integrando quem produz, quem vende, quem troca e quem compra.
Por fim, para que os empreendimentos baseados no princípio da solidariedade possam continuar contribuindo para a geração de emprego e renda para a população da base da pirâmide econômica precisamos de ajustes pautados no fortalecimento da Política Pública nacional bem como a ampliação de investimentos públicos através das parcerias entre o Governo Federal, Estaduais, Prefeituras e Sociedade Civil Organizada.